Presidenciável tucano se reúne com Josué Gomes, do PR, mas empresário adia decisão sobre convite para ser vice
Após acertar na semana passada o apoio ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial das eleições 2018, os dirigentes do Centrão reivindicam agora uma participação efetiva na coordenação de campanha e na elaboração do futuro programa de governo do tucano. O bloco partidário, formado por DEM, PP, PR, Solidariedade e PRB, pretende indicar o nome do coordenador de campanha e defende que seja alguém com trânsito em todos os partidos.
Após acertar na semana passada o apoio ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial das eleições 2018, os dirigentes do Centrão reivindicam agora uma participação efetiva na coordenação de campanha e na elaboração do futuro programa de governo do tucano. O bloco partidário, formado por DEM, PP, PR, Solidariedade e PRB, pretende indicar o nome do coordenador de campanha e defende que seja alguém com trânsito em todos os partidos.
O presidente da indústria têxtil Coteminas disse, conforme relatos, que o ex-governador deveria ficar à vontade se quiser procurar outro nome do bloco para o posto de vice que acrescente eleitoralmente. O teor de parte da conversa foi transmitido por Costa Neto ao líder do PR na Câmara, José Rocha (BA).
Para aliados de Alckmin, a reticência do empresário pode ter explicação na sua relação com o PT. Josué se filiou ao PR a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato. Ele era considerado por petistas como o vice ideal do candidato do partido.
A expectativa é de que o empresário só se decida após uma conversa com o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT). Segundo a assessoria de Pimentel, um encontro entre os dois estaria previsto para esta terça-feira, 24, na capital paulista.
“Não sei quem será meu vice, mas a indicação do Josué me honra muito. Se ele for o nome, ótimo. Se não, vamos escolher juntos”, disse Alckmin no programa Roda Viva, da TV Cultura.
Centrão quer que comando de campanha não seja ‘exclusivamente tucano’
Para os dirigentes do Centrão, a aliança com Alckmin precisa avançar além da vaga de vice e o comando de sua campanha não pode ser “exclusivamente tucano”. Eles reclamam da condução política da pré-campanha, hoje sob chefia do ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB). Uma das exigências do DEM nas negociações com Alckmin foi a saída de Perillo do posto. O pedido foi feito pelo senador Ronaldo Caiado (DEM), adversário do ex-governador goiano.
Alckmin vai criar um conselho político com representantes dos dez prováveis partidos que estarão na coligação. “A expectativa é ter um grupo mais amplo para discutir os rumos da campanha e o programa de governo”, disse o deputado Silvio Torres (PSDB-SP).
Os aliados, porém, acham pouco e temem que o colegiado não tenha poder de fato. “É fundamental que haja não somente um conselho político, mas que os partidos da aliança possam discutir de forma conjunta a construção do plano de governo para os próximos quatro anos. Não queremos que nosso apoio seja meramente eleitoral. Não é esse o objetivo. Se essa fosse a intenção, teríamos outras opções. Queremos sentar à mesa para governar juntos”, disse ao Estado o presidente do PRB, Marcus Pereira.
“Um grande nome para coordenar a campanha é alguém que tenha experiência de campanha majoritária, vivência para além de São Paulo, e onde Alckmin seja mais fraco, e que possa maximizar o potencial do candidato. Alguém que tenha trânsito em todos os partidos”, afirmou o deputado e ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM-PE).
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Fonte: Terra