Cientista de 104 anos enfrenta viagem de mais de 10 mil km para morrer na Suíça

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O elogiado ecologista e botânico não está sofrendo de uma doença grave, mas deseja antecipar sua morte. A chave para sua decisão, ele diz, foi a diminuição de sua independência. “Lamento muito por ter atingido essa idade”, afirmou Goodall no seu aniversário no mês passado em uma entrevista para a rede australiana ABC. “Não estou feliz. Eu quero morrer. Não é exatamente triste. O que é triste é ser impedido de fazer isso”, disse.

A morte assistida foi legalizada em um estado australiano no ano passado após um debate bastante polêmico – mas, para conseguir isso, a pessoa precisa ser diagnosticada como paciente terminal de alguma doença. E a questão não foi legalizada por outros estados ainda. Goodall decidiu, então, viajar para uma clínica na Suíça para voluntariamente acabar com sua vida. No entanto, ele diz que fica triste por ter que sair da Austrália para fazer isso.

A decisão de Goodall para acabar com sua vida foi acelerada por uma queda grave em seu apartamento no mês passado. Ele ficou dois dias no chão antes de ser socorrido. Depois, os médicos disseram que ele precisaria de cuidados 24h por dia ou se mudar para uma casa de repouso onde tivesse esse tipo de atendimento. “É um homem independente. Não quer pessoas ao redor dele o tempo todo, uma pessoa estranha cuidando dele. Ele não quer nada disso”, disse O’Neill.

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Fonte: BBC

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