Só restava ao Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, apresentar o pedido de demissão após cinco dias de sua nomeação, por causa das acusações de falsidade no curriculo.
Decotelli é o terceiro ministro da educação do governo Bolsonaro. Segundo a FOLHA DE S. PAULO o agora ex-ministro provavelmente será substituído por Anderson Correia, atual reitor do ITA (Instituto de Tecnologico da Aeronâutica). Outros nomes aparecem na lista de possível futuro ministro.
O ex-ministro ficou fragilizado diante de tantas polêmicas e a saída encontrada, menos trâumatica, foi o pedido de demissão.
O G1 em notícia sobre o caso havia informado que embora tenha publicado uma mensagem em rede social elogiando a capacidade do ministro, desde a noite sa última segunda-feira (29), o presidente já dava como insustentável a situação dele.
São três os pontos questionados no currículo de Decotelli:
- denúncia de plágio na dissertação de mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV);
- declaração de um título de doutorado na Argentina, que não teria obtido;
- e pós-doutorado na Alemanha, não realizado.
Na última quinta-feira, Bolsonaro anunciou e o “Diário Oficial da União” publicou a nomeação do ministro. Mas no fim de semana, após se tornarem públicas inconsistências em seu currículo, nem chegou a tomar posse.
O site Negócios mencionou Outros casos
O professor Decotelli não é o primeiro ministro do governo Bolsonaro a incluir informações falsas no currículo. Episódios nesse sentido já ocorreram com a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que se dizia advogada e mestre em educação, e com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
Reportagem do site Intercept de fevereiro de 2019 revelou que o atual ministro nunca estudou na Universidade Yale, nos Estados Unidos, e não obteve o título de mestre em direito público pela instituição americana, como informava seu currículo em um artigo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo. Salles atribuiu o erro à sua assessoria de imprensa.