Delegado Eguchi, do Patriota, despontou nas eleições de 2020 como paladino da verdade, defensor da família e exímio combatente contra a corrupção, seu discurso surpreendeu e assustou os adversários diante dos resultados – Eguchi quase se torna prefeito de Belém, recebeu 364.095 votos, Edmilson 390.723 votos.
O moralismo de Eguchi surtiu efeito e encantou o colocando como uma REAL liderança da política paraense na capital, afinal de contas ele é, ERA, o paladino contra corrupção, marca da agenda bolsonarista, chamada de direita, que ele abraçou.
Eguchi também se jactava de ter participado das operações Lava Jato no Estado do Pará, e por ter atuado no combate ao comércio ilegal de madeira na Amazônia, principalmente no Pará.
Mas, a PF (Polícia Federal), em ação de apreensão e busca em endereço segundo a Folha de S. Paulo e a Rede Globo ligado ao delegado uma bolsa com notas de R$ 100 a R$ 50, além de outros valores foi encontrada.
Ainda segundo a Foice de São Paulo o delegado foi alvo da PF por suspeita de vazar informações de uma investigação, em 2018, que mirava uma organização criminosa envolvida na exploração ilegal de minério de maganês.
Em bate papos sobre as eleições para governador em 2022 sempre afirmo “Delegado Eguchi não pode ser subestimado, pois em meio a polarização que vivemos o discurso dele pode surpreender. Se vai ganhar as eleições é outra história” – DE FATOELE NÃO PODE SER SUBESTIMADO.
Após ação da PF se chega a conclusão mais uma vez, que existe geralmente um abismo entre o discurso e a pratica, e que políticos muitas vezes se valem de discursos autoritários, moralistas e ditos conservadores com o objetivo de conquistar e manipular as massas posando de INCORRUPTÍVEIS.
Finalmente, Eguchi pode ter tido um dia ruim, um pesadelo, a bolsa pode não ser dele, o dinheiro pode não ser dele, a PF pode ter se equivocado, A Foice de S. Paulo e a Rede Globo exageraram, a imprensa paraense perdeu a mão nas publicações.
E agora? Agora Eguchi precisa explicar.