O deputado estadual Dr. Jaques Neves, do PSC (Partido Social Cristão), médico cardiologista, é conhecido no estado do Pará pelas ações objetivas e úteis para o povo na área da saúde disponibilizando exames de PCCU, PSA, mamografia e eletrocardiograma como forma de prevenir o câncer de mama, colo de útero, próstata e doenças do coração. E o povo, principalmente os mais simples agradecem pelas ações promovidas.
Mas, o evento sofreu o boicote, e diante do ocorrido o deputado que é presidente da Comissão de Saúde da Alepa, na tribuna manifestou seu descontentamento com o episódio:
Entenda o Caso
Profissionais de saúde de Santarém são proibidos de participar de capacitação sobre doenças raras, justamente no mês em que é celebrado o dia das doenças raras, no dia 28 de fevereiro.
O evento foi organizado pela Associação Paraense de Síndrome de Williams e Outras Doenças Raras e contou com o total apoio da Prefeitura de Santarém, até o dia da abertura do evento, segunda-feira, 7.
Tudo estava pronto e minutos antes de o evento começar, a secretária municipal de Saúde, dona Vânia Azevedo, declarou o evento cancelado e ordenou que os profissionais de saúde presentes no evento voltassem aos seus postos de trabalho.
A justificativa, no mínimo incoerente, foi motivada pela presença do deputado estadual Dr. Jaques Neves (PSC).
O parlamentar, um dos convidados a palestrar no evento, é cardiologista e cuida de pessoas com doenças raras, além de ser o atual presidente da Comissão de Saúde da Alepa.
Outros palestrantes renomados também passaram o constrangimento junto com o parlamentar, como as professoras e médicas Isabel Cristina (Doutora em pediatria pela UNIFESP e especialista em genética médica no Hospital Universitário Bettina Ferro) e Profª Petruska Baptista (mestra em psicologia, chefe da Unidade de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente a UASCA / UFPA).
Todos os presentes foram convidados pela secretaria titular da Semsa a se retirarem do auditório, por ordem do prefeito Nelio Aguiar. Momento de muita vergonha e estarrecimento para quem se deslocou tão longe e também para os profissionais de saúde que necessitam desses treinamentos que, literalmente, são raros para quem precisa.
Perda muito grande também para os pais de pacientes com doenças raras que chegaram cedo para assistir as palestras educativas e até realizar testes para ajudar a fechar diagnósticos.
”Isso é uma vergonha sem tamanho. Mas, infelizmente, nós já estamos acostumados com esse desprezo e falta de sensibilidade da gestão municipal. Sabemos que não podemos contar com eles pra nada.“ Desabafou Henrique, pai de um paciente com Síndrome de Williams, morador de Santarém.
O outro lado
Não conseguimos entrar em contato com assessoria da Prefeitura de Santarém até o momento. O espaço está aberto.