Em um recado direto aos aliados europeus, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou nesta quinta-feira (5) que os países da Otan não podem depender automaticamente da proteção norte-americana. A declaração foi feita em Bruxelas, às vésperas de uma reunião ministerial da aliança que antecede a cúpula de líderes prevista para este mês, em Haia.
Apesar de reafirmar o compromisso dos EUA com a Otan, Hegseth destacou a necessidade de os países-membros assumirem mais responsabilidade por sua própria segurança. Segundo ele, os Estados Unidos apoiam a dissuasão e a paz por meio da força, mas rejeitam a dependência unilateral.
No encontro, os ministros da Defesa discutem uma nova meta de investimento militar: 5% do PIB de cada país, mais do que o dobro da atual exigência de 2%. A proposta inclui 3,5% para armamentos e 1,5% para áreas como defesa civil e cibersegurança. A Espanha é o único país que resiste abertamente à nova meta.
O debate ocorre em meio às declarações do ex-presidente Donald Trump, que questionou o compromisso dos EUA com o Artigo 5º da Otan — cláusula que garante defesa mútua em caso de ataque a qualquer membro. Paralelamente, o embaixador norte-americano na Otan, Matthew Whitaker, reafirmou o compromisso com o tratado, mas cobrou que os aliados também cumpram o Artigo 3º, que trata da capacidade de autodefesa de cada país.
A expectativa é que o novo patamar de gastos seja formalizado na cúpula de Haia, com possibilidade de prorrogação do prazo para cumprimento da meta até 2035.
Fonte: A Referência
Você também poderá gostar:











