A pandemia do COVID-19 em 2020 deixou um rastro de consequências significativas, impulsionando a adoção de soluções online e remotas para diversos setores da sociedade. No entanto, nem todos puderam se adaptar a essa nova realidade, especialmente a classe baixa renda, que enfrentou dificuldades com o acesso à tecnologia mais básica.
Dados da pesquisa
De acordo com levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a situação é alarmante no Pará, onde cerca de 90 mil crianças e adolescentes estão fora da escola, privados das oportunidades educacionais essenciais.
Essa realidade também se nota no município de Tailândia, chamando a atenção de todos aqueles que se deslocam para o trabalho: a notável diminuição de movimento em frente às escolas, que antes eram pontos movimentados nas avenidas.
Entre os estudantes de ensino médio, a tendência é ainda maior, com muitos deles engajados em serviços formais e informais durante a pandemia. A ideia de recomeçar novamente os estudos de forma presencial pareceu desvantajosa para a grande maioria.
Entre esse espaço de tempo da pandemia que ainda surte o efeito em pleno 2023, é inegável que a política pública municipal não tem conseguido enfrentar plenamente o problema da evasão escolar, que afeta significativamente a vida de muitas crianças e jovens. A falta de eficácia nessas medidas agrava ainda mais a situação, destacando a urgência de ações efetivas para reverter esse quadro.
Lei 8.069/90
Nesse contexto, é fundamental destacar o papel da lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente), que garante o direito à educação para todas as crianças e adolescentes, assegurando a igualdade de oportunidades no acesso e permanência na escola. É essencial que tais dispositivos sejam devidamente aplicados e respaldados por políticas públicas inclusivas que abordem as desigualdades sociais e ofereçam apoio às famílias de baixa renda.
Diante desse desafio, é imprescindível uma ação conjunta entre governo, sociedade civil e setor privado para enfrentar a evasão escolar e proporcionar o acesso à educação a todos os estudantes, independentemente de suas condições socioeconômicas. Investir na educação é investir no futuro de toda a sociedade, garantindo oportunidades igualitárias para o desenvolvimento pleno das novas gerações.