Charlie Evans é uma mulher ex-transgênero. Aos 17 anos de idade, ela viveu como menino, raspando a cabeça e enfaixando o peito. Uma década depois, em 2018, ela abandonou o transgenerismo e voltou a assumir publicamente seu sexo biológico.
Desde então, sua história encorajou “centenas” de pessoas transgênero que a procuraram dizendo ter a intenção de fazer o mesmo que ela. Numa entrevista recente à emissora Sky News, do Reino Unido, ela revelou que as pessoas que entram em contato com ela “tendem a ter mais ou menos 20 anos, são principalmente mulheres homossexuais, e também são autistas”.
De acordo com informações do portal The Federalist, ao longo dos últimos dez anos, o Reino Unido registrou um aumento de 4.500% em meninas identificadas como transgêneros. A Universidade Brown, no ano passado, tentou reprimir o primeiro grande estudo, analisando a “disforia de gênero de início rápido” como um contágio social que parece afetar especialmente as meninas.
Depois de uma recente conversa pública, afirmou Charlie Evans, uma jovem mulher com barba se aproximou dela, dizendo que também estava trabalhando para voltar a viver com seu sexo de nascimento sendo sua identidade.
Essa jovem “disse que se sentiu rejeitada pela comunidade LGBT por ser uma traidora”, contou Charlie. “Então eu senti que tinha que fazer alguma coisa”, acrescentou.
Após sua história repercutir fortemente e encorajar outros, ela decidiu que fundará uma instituição chamada Detransition Advocacy Network, para apoiar pessoas como Ruby, outra jovem cuja história também veio a público pela Sky News numa matéria sobre o crescente número de transexuais.
Sobre sua decisão de deixar de ser trans depois de oito anos de uso de hormônios, Ruby diz: “Eu não sentia que houvesse algum apoio por aí, além de alguns amigos online”.
“Para todos que têm disforia de gênero, sejam eles trans ou não, quero que haja mais opções para nós, porque acho que existe um sistema de dizer: ‘Ok, aqui estão seus hormônios, aqui está sua cirurgia, pronto’. Não acho que isso seja útil para ninguém”, disse Ruby.