Na tarde desta terça-feira, 25, as diretorias de Clube do Remo e Paysandu solicitaram à Federação Paraense de Futebol (FPF) um trio de árbitros nacionais, integrantes do quadro FIFA, para comandar os dois jogos da final do Campeonato Paraense, marcadas para os dias 02 e 06 de setembro, no estádio Mangueirão. À noite, a entidade respondeu o pedido, através de um oficio, que aceita a decisão dos clubes, desde que o mesmo, arquem com os valores das despesas avaliadas em 20 mil por jogo.
No documento a FPF citou o regulamento da competição e que os clubes irão dividir as despesas que excederem o valor R$ 7.700, em cada partida, serão divididas de forma igualitária.
Confira o documento:
Com a resposta imediata da FPF, o presidente Fábio Bentes informou que foi, de fato, procurado pela diretoria bicolor e que aceitava a condição de fazer a solicitação. Entretanto, se tivesse que custear as despesas o Remo preferia a arbitragem local.
“Fomos procurados pelo Paysandu sobre arbitragem FIFA, disse concordaríamos desde que não tivesse custo pois a situação financeira está bem complicada. Fizemos a solicitação para a federação para que assumisse todos os custos”.
Para o presidente azulino essa é uma despesa que o clube não pode honrar no momento.
“Estamos com baixíssima arrecadação e com muitas obrigações, sem contar que eu não acho justo pagar esse valor (R$: 20 mil) tendo bons árbitros aqui no estado do Pará. Se a Federação assumir as despesas, o Remo concorda. Mas se for para desembolsar valores, o Remo defende arbitragem local e quem quiser de fora, que assume com as responsabilidades”, disse o presidente enaltecendo a arbitragem paraense.
Já o mandatário bicolor, Ricardo Gluck Paul, diverge da entidade e afirma que a FPF ficou responsável por pagar algumas despesas no retorno da competição, paralisada desde março em virtude da covid-19. No entanto, isso não aconteceu.
“A FPF recebeu R$ 200 mil da CBF para custos extras do campeonato. Teve economia na logística da competição. Não pagou cota extra para os clubes que passaram de março a agosto ‘fritando’ em suas economias. Não subsidiou os custos dos protocolos de segurança. E agora nos nega subsidiar trio FIFA na final do campeonato. É um desprezo inexplicável”, relatou o dirigente.