O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou nesta sexta-feira (15) ao Conselho de Ética 20 representações contra 11 parlamentares acusados de quebra de decoro. A maior parte das ações foi apresentada ainda no primeiro semestre.
O deputado André Janones (Avante-MG) é o mais citado, com cinco representações, seguido de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), com quatro. As acusações contra eles envolvem postagens ofensivas em redes sociais, ataques a autoridades, incitação de ódio e uso de linguagem considerada inadequada no exercício do mandato.
Eduardo Bolsonaro também é acusado de articular, junto a autoridades estrangeiras, sanções políticas e econômicas contra o Brasil, de atacar o STF e de cometer crime contra a soberania nacional.
Outros parlamentares foram citados em diferentes episódios. Célia Xakriabá (Psol-MG) foi acusada pelo PL de agredir Kim Kataguiri (União-SP) com uma caneta em plenário, enquanto Kataguiri foi acusado pelo Psol de ofender a deputada com termos racistas e misóginos. Sargento Fahur (PSD-PR) teria ameaçado agredir o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) em comissão. José Medeiros (PL-MT) foi acusado de ofender Ivan Valente (Psol-SP).
Gilvan da Federal (PL-ES) recebeu representações por ataques contra a ministra Gleisi Hoffmann e por declarações desejando a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Guilherme Boulos (Psol-SP) foi acusado de ofender deputados do PL durante reunião do Conselho de Ética. Lindbergh Farias (PT-RJ) foi alvo de duas representações: uma por ofensas a Gustavo Gayer (PL-GO) e outra por processo considerado indevido contra Marcel van Hattem (Novo-RS).
Também constam na lista o Delegado Éder Mauro (PL-PA), acusado de agressão física a um cidadão durante reunião da Comissão de Direitos Humanos, e Gustavo Gayer (PL-GO), acusado de ofensas contra Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann e contra os presidentes da Câmara e do Senado.
As denúncias reunidas tratam de episódios de agressões físicas e verbais, ataques institucionais, incitação à violência e condutas consideradas incompatíveis com o exercício do mandato parlamentar.