Influenciadores digitais visitam TSE e se informam sobre o sistema eletrônico de votação

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Influenciadores digitais visitam TSE e se informam sobre o sistema eletrônico de votação
Imagem: Reprodução/TSE

Na quinta-feira (4), 30 influenciadores digitais de todo o Brasil visitaram o edifício-sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, para conhecer o funcionamento do sistema eletrônico de votação. Desenvolvida pela Secretaria de Comunicação e Multimídia do Tribunal (Secom/TSE), a ação é resultado de uma parceria firmada com o projeto de educação midiática Redes Cordiais, no âmbito do Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação.

Este é o primeiro evento presencial realizado com os influenciadores, que já participaram de outras reuniões em formato virtual para receber informações confiáveis sobre o tema e, assim, colaborarem com a Justiça Eleitoral (JE) na luta contra as notícias falsas que contaminam o processo eleitoral do país.

Pela manhã, o grupo teve a oportunidade acompanhar a sessão de julgamento direto do plenário do TSE, onde foram recepcionados pelo presidente da Corte Eleitoral, ministro Edson Fachin, e pelos demais ministros que integram o Tribunal. “Sejam bem-vindos e bem-vindas à Justiça Eleitoral. Estamos de braços abertos para aqueles que, de boa-fé, querem entender como funcionam as eleições brasileiras. Porque quem conhece o sistema eleitoral brasileiro confia”, afirmou Fachin.

A programação matutina ainda incluiu uma roda de conversa com o ex-ministro do Tribunal Henrique Neves, que fez um breve panorama da atuação da JE, desde a criação, em 1932. “A democracia é algo que a gente conquista diariamente, com o direito de falar e de ser ouvido”, disse, ao ressaltar a importância de eleições regulares para o fortalecimento da democracia, as atribuições da Justiça Eleitoral e a qualidade das servidoras e dos servidores que a compõem.

Ao longo do dia, os criadores de conteúdo também puderam conferir as exposições A Construção da Voz Feminina na Cidadania e 90 anos da Justiça Eleitoral: 90 anos em ação pela democracia, assistiram às palestras apresentadas por técnicos do TSE e visitaram a sala de totalização, local em que são contabilizados os votos do eleitorado.

Combate às notícias falsas

A secretária de Comunicação e Multimídia do TSE, Giselly Siqueira, apresentou aos influenciadores a página Fato ou Boato, que reúne checagens realizadas por nove agências especializadas em desmontar fake news que circulam na internet. Ela ressaltou a importância da busca por conteúdos verdadeiros e verificados sobre o processo eleitoral.

“[O combate à desinformação eleitoral] é o desafio da Justiça Eleitoral, e é isso que a gente faz. Esperamos contar com vocês e com todos que querem levar informações de qualidade para a população brasileira”, disse.

Urna eliminou passado de fraudes

O assessor-chefe de Gestão Eleitoral do TSE, Thiago Fini, traçou uma linha histórica sobre a transição do voto manual para o eletrônico. Durante a exposição, ele citou uma série de fraudes que ocorriam na época da votação em papel, como a subtração de cédulas e a inserção de votos falsos na urna de lona. Esse passado de fraudes, contudo, ficou para trás a partir da adoção do voto eletrônico pela Justiça Eleitoral, em 1996. “Uma das premissas [da urna eletrônica] é ter a menor intervenção humana possível nesses procedimentos”, explicou.

Eleitores podem ser fiscais da eleição

O secretário de Tecnologia da Informação da Corte, Julio Valente, respondeu a dúvidas dos visitantes e esclareceu rumores amplamente disseminados na internet sobre a urna eletrônica. Ele também listou os diversos mecanismos de segurança usados no equipamento, bem como ensinou os influenciadores a auditarem a eleição por meio da conferência do Boletim de Urna (BU) – relatório impresso ao final da votação com o resultado dos votos apurados na seção eleitoral –, que pode ser comparado com os dados publicados no Portal do TSE.

Valente ainda explicou aos convidados que a urna está imune às investidas de hackers, por não possuir nenhum tipo de conexão em rede. “A única coisa que a urna tem é um cabo de energia”, detalhou.

Para o jornalista do The Brazilian Report Cedê Silva, a possibilidade de obter explicações mais aprofundadas sobre o funcionamento e o grau de eficácia dos dispositivos de proteção do equipamento foi um dos pontos altos do evento. “Mesmo que alguém quisesse fazer alguma coisa, o número de agentes que seriam necessários para cometer uma fraude é tão grande, que, com esse número, você já venceria a eleição. É mais fácil você conquistar apoio para vencer a eleição do que tentar fraudar, violar, fazer alguma coisa”, analisou o comunicador.

Informações: Tribunal Superior Eleitoral

 

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