Um relatório produzido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) aponta indícios de que as blitze da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuaram, sim, para tentar prejudicar a votação do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado no Nordeste. O documento foi encaminhado a Polícia Federal e indica que a situação impactou no fluxo de eleitores no dia do pleito.
O documento se refere a uma amostra de 5.830 eleitores de 23 seções localizadas no município de Campo Grande, a 272 km de Natal (RN). A informação foi adiantada pelo G1 e confirmada pelo Correio. Esse é o primeiro documento da Justiça Eleitoral afirmando que as operações tiveram o potencial de atrapalhar as eleições.
Segundo o TRE-RN, houve uma mudança no padrão de horário em que os eleitores compareceram à votação. Parte considerável deles, que costumava votar pela manhã, só chegou às urnas após a Justiça adotar medidas emergenciais para liberar o caminho dos eleitores, já no período da tarde. Na época, a PRF era comandada pelo bolsonarista Silvinei Vasques — preso desde agosto por suspeita de interferência nas votações.
Com informações de Correio Brasiliense e Estadão.