Ultrapassamos 600 mil mortes, um número de óbitos que muitos não acreditaram que teríamos. Muitos porque simplesmente confiaram uns nos outros e pensaram que todos iam se cuidar, de si e das pessoas ao seu redor. Outros porque simplesmente não acreditaram na letalidade do vírus e continuaram vivendo suas vidinhas normalmente, como se nada fosse.
O fato é que das lições que deveríamos ter aprendido, que num momento estamos aqui e que no minuto seguinte podemos não estar mais, que daqui, dessa vida, nada levamos, a não ser aquilo que somos como pessoas, que transmitimos ao longo da nossa vida, pode ser bom ou não, só depende de nós, mas esse é o único legado que podemos deixar e ao mesmo tempo levar conosco quando partimos. Não levamos dinheiro, nem carro, nem casas maravilhosas, nem roupas de marcas, nada material. E isso fica aqui para os outros, que muitas vezes nem ligaram pra quem deixou enquanto estava viva.
Muitas pessoas morreram sozinhas em hospitais, sem ver os parentes, sem poder se despedir, sem poder dizer um “eu te amo” ou “me perdoe“, nem ouvir isso de quem deveria ter dito isso ao longo da vida.
As pessoas estão aqui para evoluir, mas no entanto elas só pensam no seu próprio bem estar, não no coletivo.
Uma grande maioria só pensou no dinheiro que deixou de ganhar, mas não no seu próximo que não tinha o que comer.
Quanto egoísmo vimos nesse último ano, quanta mesquinhez, ignorância, gente que nem imaginávamos que existia ou que não queríamos acreditar que existia. Mas, se existe alguma lição que aprendemos foi que não podemos subestimar a maldade humana, ela existe, é real e pior do que a gente pensava e gostaria que fosse.
Aprenda, ainda há tempo de mudar, ame seu próximo, seja solidário e tenha empatia, se coloque no lugar do outro, se você não gosta de algo pra si, não faça aos outros. É tão simples.
Ame, perdoe, peça perdão e, lembre-se, dinheiro e coisas materiais ficam aqui mesmo, o amor e o perdão a gente leva pra onde for.