Macarrão é ou não é o ícone da política tailandense? Desde já agradeço aos meus leitores que tem deixado seus comentários, compartilhado os textos e curtido.
Ninguém é obrigado a ter como verdade tudo que ler, mas é imprescindível o respeito ao que foi lido e ao contraditório, também se faz necessário a maturidade para distinguirmos uma opinião, de apoio político, ou ataque pessoal. Só analiso os fatos.
Destaco mais uma vez que meu objetivo não é tratar do imbróglio jurídico, mas fazer considerações das impressões que tive no período eleitoral neste ano de 2016.
Voltarei minha atenção para analisar, Paulo Jasper, o Macarrão. Para muitos é o herói do povo “Macarrão e o Povo“.
História
Ele nasceu em 18 de maio de 1951, em Marechal Hermes, Rio de Janeiro. Veio para Tailândia nos idos de 1980 para implantar indústria de compensados e madeira.
Paulo Jasper governou a cidade por dois mandatos consecutivos, de 2001/2004 e de 2005/2008. Inegavelmente deixou um legado na cidade em termos de construção e apoio aos mais necessitados. Porém, sem dúvida seu maior triunfo foi alcançar a alma, o coração do povo. Alguns o acusam de populista e assistencialista, para a maioria ele é um grande líder que CUIDOU E CUIDA do seu povo.
Não é raro ouvir as vozes que ecoam pela cidade afora “Macarrão salvou meu filho, minha filha, minha mãe, meu irmão, ele me socorreu no momento que eu mais precisava, meu filho hoje anda graças ao Macarrão”. Uma senhora que votou em outro candidato me falou dias antes da eleição “Macarrão pode ter todos os defeitos, mas ele gosta do pobre, gosta do povo“. Não é sem razão que existe um bairro com seu nome, Vila Macarrão.
Identidade com o povo
É também inegável que Macarrão criou uma identidade tão grande com o povo, aponto de chamá-lo de “meu povo“ e o povo pelas urnas tira-nos o “direito” de dizermos o contrário.
Vale observar que seus atos de solidariedade contemplaram pessoas que defenderam outros candidatos e que até o atacaram em diversos momentos.
Entrevistei Macarrão no programa de TV “Sem Cortes” e afirmei que ele é um ícone da política, no sentido de PESSOA IMPORTANTE, INFLUENTE, MARCANTE E RECONHECIDA. Na ocasião fui duramente criticado por aqueles que acham que jornalismo bom, é aquele que não reconhece qualidades e méritos, que joga sujo, que se vende. Me acusaram de encher a bola do Macarrão, como se ele precisasse.
Não obtive nenhuma vantagem com o suposto elogio, mas muitas críticas. Não trabalhei para Macarrão na campanha, nem para nenhum outro candidato, ainda que precisasse de dinheiro e tivesse competência para discursar, defender e pedir votos para qualquer um deles, porém não o fiz.
Inclusive o período eleitoral foi o mais difícil desde quando cheguei em Tailândia, dificuldades e necessidades, porém graças a bons amigos como Tarcízio Lima que sem saber foi quase o pai do Tailândia News Brasil, me presenteando com aquela que é minha primeira câmera de trabalho. Frank Almeida também me socorreu de modo muito solidário. Que Deus os abençoe!
Com Macarrão todos os recordes de audiência foram quebrados no SEM CORTES e no site Tailândia News Brasil (hoje TN Brasil TV) de minha responsabilidade, também, todos os recordes foram batidos com postagens direcionadas ao Paulo Jasper.
Campanha
Sua campanha em termos de organização e produção em todos os sentidos não teve o mesmo brilho do 20 e 22, que deram um show (não é desmerecimento a sua equipe, mas uma nota de que o 20 e 22 foram melhores).
Conversei com pessoas da área e também fiz minhas considerações sobre o que se produzia de cartazes, vídeos, áudios e outros. A conclusão foi“ a ideia ou o que transpareceu é que sua equipe estava sempre atrás, esperando o passo dos outros, meio que sem criatividade ou iniciativa”. Mas, o produto Macarrão fazia a diferença, ele era a referência que o povo queria e isso bastava, sua carreata foi absurdamente impressionante. Ele tinha o apreço e apoio popular, eis a questão.
Mais uma vez invoco os fatos da história recente:
Duas vezes prefeito de Tailândia, recorde de audiência, na campanha eleitoral, mesmo carregando na testa POR VINTE (20) dias o título de INDEFERIDO COM RECURSO e isso na reta final do processo eleitoral, quando tudo pesava contra ele, mesmo assim conseguiu desbancar com sobras os demais candidatos obtendo 15.116 votos e se elegendo prefeito.
No dia 2 de outubro, ao sair do 93º Cartório Eleitoral, o vencedor nas urnas, Macarrão adentrou em uma vala em frente ao Cartório, de maneira inusitada e arriscando se machucar (ele tem 65 anos), foi rapidamente puxado pelo povo e sumiu na multidão. Os fatos são fortes demais para negarmos que ele e o povo tailandense tem uma conexão tipo banda larga, das boas.
Um dos sentidos da palavra ícone “pessoa importante, reconhecida em determinada área, ou área de atuação” a história não nos permite negar que Macarrão é ícone da política local. A história de Tailândia sob todos os aspectos, inclusive o político, se confundem e se completam com Macarrão.
Considero importante distinguir que uma coisa é alguém não gostar dele, não gostar de seus métodos e forma de ser, contudo, é ato de nobreza reconhecer os méritos e conquistas do outro, nesse caso, Paulo Jasper.
O agora prefeito eleito, Macarrão, conseguiu o que poucos políticos conseguem durante a carreira política: apreço e amor do povo.
Macarrão não tem o direito de decepcionar seu povo
Caso assuma a Prefeitura de Tailândia em 2017, ele terá a oportunidade de encerrar sua carreira política eternizando seu nome. Para isso precisará fazer uma administração séria e responsável com os recursos e tratar de fato o povo com a dignidade que eles merecem. Macarrão não pode e não deve perseguir aqueles que defenderam outras cores, não deve governar para grupos ou pessoas. Macarrão não tem o direito de decepcionar seu povo. Macarrão tem a obrigação moral e histórica de governar com o povo e para o povo, como expressou sua campanha “O POVO NO COMANDO“.
Agora só nos resta esperar a decisão que está por vir.
Por uma Tailândia regada com a paz, fé, esperança e amor,