Governo venezuelano evita comentar ação atribuída a Trump e afirma ter abatido aeronaves do narcotráfico para reforçar discurso de combate ao crime organizado
O governo de Nicolás Maduro evitou comentar diretamente o suposto ataque militar anunciado por Donald Trump dentro do território venezuelano, atribuído a alvos do narcotráfico. Segundo informações vazadas à imprensa americana, a operação com drones não teria causado vítimas nem danos relevantes. Mesmo assim, o episódio marcou um fato inédito na relação entre os dois países. Caracas optou pelo silêncio como estratégia política diante da provocação.
Em resposta indireta, Maduro anunciou o abate de nove aeronaves supostamente ligadas ao narcotráfico em menos de 24 horas, classificando a ação como um “recorde mundial”. De acordo com o regime, oito dessas aeronaves foram derrubadas no estado do Amazonas, na fronteira com o Brasil, e uma em Apure, na fronteira com a Colômbia. O presidente exaltou o papel das Forças Armadas e afirmou que o país vive uma ofensiva contínua contra o crime organizado. As informações, porém, não foram verificadas de forma independente.
A troca de declarações entre Washington e Caracas aumentou a confusão e a falta de clareza sobre os fatos reais. Analistas se recusaram a comentar por ausência de dados confiáveis e pela natureza obscura dos acontecimentos. Enquanto os Estados Unidos intensificam acusações contra o chavismo, o regime venezuelano reforça sua narrativa de combate ao narcotráfico. Assim, a disputa permanece no campo retórico, sem confrontos diretos confirmados.
