Não há futuro para Venezuela com o ditador Nicolás Maduro no poder

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Não há futuro para Venezuela com o ditador Nicolás Maduro no poder
O populismo e personalismo do presidente venezuelano, estratégia para conquistar o eleitorado / Foto: AP Ed. TN
“Nada é tão perigoso como deixar um mesmo cidadão permanecer um longo tempo no poder. O povo se acostuma a obedecer-lhe, e ele se acostuma a mandar: é aí que têm origem a usurpação e a tirania“, Simón Bolívar

Nicolás Maduro está no poder na Venezuela desde 2013. Sua revolução bolivariana e chavista, mostrou que não é socialista. O governo, que se dizia progressista e de esquerda, governa sem romper com as estruturas ditas capitalistas e o que conseguiu mesmo foi mergulhar o país em uma crise econômica e humanitária sem precedentes.

De 1952 a 1958, o ditador de direita, general Marcos Peréz Jiménez (ficou rico desviando os recursos públicos) governou a Venezuela promovendo violações de direitos humanos, como tortura e prisões arbitrárias de opositores. Sofreu golpe de estado promovido por militares. Hugo Chaves era admirador do ditador.

A partir de 1959 até 1990, os venezuelanos viveram períodos de prosperidade econômica, queda no índice de desemprego, crescimento médio do país em 4,3% por ano – a inflação era menor que a dos demais países da América Latina. Estabilidade do bolívar permitia os venezuelanos passarem temporadas de férias, em Miami, nos Estados Unidos.

E tem mais, a Venezuela em razão do petróleo era chamada de “Venezuela Saudita” e ostentavam o título de maiores consumidores de uísque do mundo.

Tudo mudou!

Há praticamente 11 anos a Venezuela vive sob a ditadura de Nicolás Maduro com apoio das forças armadas. Prisões, violações dos direitos humanos, perseguições aos adversários políticos e censura a imprensa são patrocinadas pelo chavista sem qualquer peso na consciência.

Os comunistas, como o Partido Comunista da Venezuela (PCV) e à Alternativa Popular Revolucionária (APR, coalizão de esquerda da qual o PCV é um dos membros) são alvos de perseguição e censura por parte do ditador Maduro.

Eleições na Venezuela

Em 28 de julho, domingo, os venezuelanos irão às urnas. Mas, Maduro já disse que haverá “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso não seja eleito. Depois afirmou “Não quero show, nem choradeira. No dia 28 vamos dar ganhar de lavada. Respeitarão os resultados“, que resultado ele se refere? O das urnas ou o da tirania?

Segundo as pesquisas, o candidato da oposição Edmundo González Urrutia, Mesa da Unidade Democrática (MUD), lidera com quase 60% da preferência do eleitorado. Nicolás Maduro aparece com cerca de 25% a 28% – Fonte: Os intitutos Datincorp, Delphos e Meganálisis.

Mas, a especialista Carmen Beatriz Fernández, diretora da DataStrategia, empresa que trabalha com medição de opinião pública para conduzir campanhas políticas, alertou para os problemas da medição de votos na Venezuela: volatilidade do eleitorado; falhas metodológicas e porque não são pesquisas, se não pseudopesquisas feitas para desinformar e serem usadas como propaganda”.

A verdade é que não há futuro para Venezuela com Nicolás Maduro no poder. Mas, o único meio de tirá-lo é por meio do voto. Caso Maduro perca as eleições e não aceite a derrota, ninguém vai defender uma invasão na Venezuela por ser ela até então uma ditadura. Pois se assim o for, será preciso invadir a China, a Coreia do Norte, a Rússia, a Arábia Saudita e logo será preciso invadir a Hungria.

Países tem interesse. Independente do resultado, cada um defenderá o seu. Para Robert Guttman, professor de relações internacionais na Universidade Johns Hopkins, ao falar sobre as inconsistências dos Estados Unidos disse que tudo se reduz a um “cínico” interesse próprio “Falamos de grandes ideais, mas somos mais pragmáticos quando se trata da realidade“.

O pleito venezuelano coloca os países ditos democráticos em situação de tensão. Entretanto, a conclusão é a mesma, só haverá futuro para Venezuela com a derrocada de Nicolás Maduro.