A Polícia Federal (PF) deflagrou na sexta-feira (19) a Operação Hígia, que investiga o uso irregular de verbas públicas e desvios de recursos. Entre os principais alvos está o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), suspeito de peculato e má gestão de verbas. A investigação apura um esquema de desvio de cotas parlamentares mediante a contratação de serviços, entre eles, uma locadora de veículos. Segundo a PF, os recursos teriam sido desviados para fins pessoais e o financiamento de atividades políticas ilícitas. A ordem judicial para as buscas e apreensões foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Além de Carlos Jordy, assessores e ex-funcionários do gabinete parlamentar são investigados por participação direta no esquema. Documentos e dispositivos eletrônicos foram recolhidos para perícia técnica e análise de movimentações financeiras suspeitas. A defesa do parlamentar nega as irregularidades e classifica a ação como uma tentativa de perseguição política institucional.
“É a mesma empresa que eu alugo carros desde o meu primeiro mandato. Eles dizem que chama a atenção o número de veículos dessa empresa, que aluga para vários outros deputados, inclusive. Dizendo que as outras empresas têm mais de 20 veículos na sua frota. E a Haruê Locação de Veículos tem apenas cinco veículos. Por isso seria uma empresa de fachada. Eu sei o que eles estão fazendo. Isso aqui é mais do que querer nos intimidar” – disse o parlamentar.
🔎As cotas parlamentares são verbas extras, além do salário, disponibilizadas para parlamentares custearem despesas diretamente ligadas ao exercício do mandato. Por exemplo, hospedagens, aluguel de veículos e contratação de consultorias, por exemplo. – G1
