Vazamento de Informações e Obstrução: A Razão da Prisão Preventiva do Parlamentar Autorizada pelo Supremo Tribunal Federal.
A Polícia Federal (PF) efetuou a prisão preventiva do Presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Rodrigo Bacellar (União Brasil). A detenção ocorreu nesta quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, como parte da Operação “Unha e Carne”. A ação foi autorizada pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de um inquérito sobre crime organizado no estado.
A prisão de Bacellar está ligada à suspeita de que ele teria vazado informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro. Essa operação original mirava o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), conhecido como TH Joias. O vazamento de dados teria ocorrido para alertar TH Joias, resultando na obstrução da investigação policial.
Na ocasião, o secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi, disse que a prisão de TH comprova que o CV estava “infiltrado” na Alerj. “Estamos diante de uma investigação que comprova a infiltração direta do crime organizado dentro do Parlamento fluminense. O deputado eleito para representar a sociedade colocou seu mandato a serviço da maior facção criminosa do Rio de Janeiro”.
Envolvimento e Desdobramentos
Relatórios da PF indicam que Bacellar não só vazou as informações, mas também orientou TH Joias sobre a retirada de objetos de sua residência, caracterizando obstrução de Justiça. Moraes citou “fortes indícios” de participação do parlamentar em organização criminosa e influência no Executivo. Além da prisão, foi determinado o afastamento de Bacellar da presidência da ALERJ.
