A ex-presidente boliviana Jeanine Áñez foi presa no último sábado (13) sob acusação de “terrorismo, sedição e conspiração” pelos fatos de novembro de 2019 que resultou na saída de Evo Morales da Presidência, da Bolívia.
A prisão foi confirmada pelo ministro de governo da Bolívia, Eduardo Del Castillo Del Carpio, nas mídias sociais “Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e está atualmente nas mãos da Polícia”.
Jeanine Áñez que governou o país por 11 meses, denunciou por meio de um Tweet que sua prisão era um “abuso” e fruto de “perseguição política” do Movimiento Al Socialismo (MAS), partido político do atual presidente Luis Arce e de Morales. “Sou acusada de ter participado de um golpe que nunca aconteceu. Minhas orações pela Bolívia e por todos os bolvianos“, acrescentou.
Jeanine em seu governo de direita foi acusada de perseguição aos adversários políticos ligados a Evo Morales, e de culpa pelo retrocesso econômico.
O Ministério Público Boliviano também pediu a prisão de cinco ex-ministros e de quatro militares que faziam parte do governo interino.
Luis Arce
Luis Arce venceu com 55,1% dos votos, o resultado rapidamente reconhecido por líderes do continente americano como Peru, Argentina e a ex-presidente Dilma Rousseff do Brasil.
Para a historiadora boliviana Patricia Montaño Durán afirmou que a votação expressiva do MAS é fruto de memória do povo boliviano sobre as últimas quatro gestões, e da influência política de Morales. “Muita gente votou por Evo, porque ele é um líder que deu sua vida à Bolívia. É uma pessoa que, com muita simplicidade e muito trabalho, criou um país melhor“.
Evo Morales
O ex-mandatário Evo Morales renunciou ao cargo em 10 de novembro de 2019, acusado de fraude eleitoral no pleito presidencial de outubro de 2019. Se exilando no México e depois na Argentina, retornando para Bolívia em 9 de novembro de 2020 um dia depois da posse de Luis Arce, que foi seu ministro da Economia, quando presidente.