Que tipo de governante Tailândia Precisa e Escolherá? – Por Taciano Cassimiro

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O texto faz parte de uma série que visa no momento despertar a alma do tailandense para iminência das eleições.

Não podemos ignorar nosso contexto de desemprego, pobreza, violência, falta de infraestrutura, de categorias importantes para promoção de valores e transformações concretas na sociedade sentindo-se desprivilegiadas ou não tratadas da forma que merecem, e isso é muito ruim porque fragiliza o processo de mudanças por meio de indivíduos pensantes e dispostos ao trabalho. E somado a isso tudo existe uma flagrante insatisfação no campo político direcionada tanto ao executivo quanto ao legislativo. E isso tudo nos leva a pensar no tipo, no perfil de gestor que precisamos eleger ou reeleger em 2020.

Figuram em nosso município alguns nomes que já começam a serem ventilados, e se não todos, alguns disputarão as eleições, com certeza, e por esta razão apresentarei quatro nomes que considero os de maior relevância no momento:

Primeiro, naturalmente, o atual prefeito Paulo Jasper, o Macarrão, que governa a cidade pela terceira vez, e independente do que pense ou julgue seus seguidores, o prefeito sofre um desgaste político e de imagem contundente. O que agrava sua situação são seus constantes ataques a justiça e polêmicas advindas de seu autoritarismo e dificuldades de lidar com o contraditório. O prefeito nega tais fatos, mas suas falas e manifestações são provas cabais. Não se pode medir no momento o que lhe resta de capital político, e também não se sabe se ele virá para reeleição ou se apoiará outro. Se vier, o povo o julgará nas urnas.

Segundo, Anderson Camporez, o Alemão, que sem duvida alguma foi o que demonstrou maior consistência nas últimas eleições. Para prefeito em 2016 ficou em segundo lugar com 10.548 votos, e em 2018 concorreu uma vaga para deputado estadual recebendo 11.489 votos , sendo que deste total 9.837 votos foram de Tailândia. Ao meu ver Alemão não se relaciona bem com a mídia e as vezes se expõe de modo um tanto insensato, por isso, entendo que o mesmo sempre precisou de melhor assessoria. Também lhe falta assumir uma postura mais objetiva como oposição. Alemão não clama nem conclama, não produz discurso ou conteúdo reflexivo que faça o tailandense conhece-lo melhor, bem como julgar mais de perto sua capacidade intelectual e de ação política. Digo isso porque se passaram quase 3 anos desde a eleição para prefeito, muita coisa muda, muitas mentes mudam, muitos votos mudam. Sua ausência no cenário de embate o minimiza, não o anula do cenário, mas permite que outros nomes ganhe espaço.

Terceiro, Jakeline Neto, esta sem dúvida é a principal voz da oposição política ao governo Macarrão e a tudo que de ruim o mesmo representa. Seus discursos são sempre marcados pela contundência, clareza, objetividade e emoção. Jakeline sempre se articula com elementos que corroboram com sua fala. Porém, a vereadora pode ser vitima de sua própria emoção uma vez que pode ser interpretada como fraqueza, e as vezes até de sua contundência, que pode levar ao exagero. Em seu primeiro mandato a vereadora ainda é vista por muitos como “verde” em outras palavras, imatura, para chefiar um município que trás contradições históricas e sociais profundas. Contudo, dos 13 vereadores é a que mais tem apreço e aprovação popular, agora se reunirá estrutura popular e financeira para encarar os dois principais nomes, Alemão e Macarrão,  no pleito de 2020, só o tempo dirá.

Quarto, o último nome que coloco, justamente nessa ordem, é o de Lauro Hoffmann atual presidente da Câmara Municipal de Tailândia que compõe a base do governo Macarrão. Hoffmann, de primeiro mandato, jovem e bem instruído, mas que já tem em seus ombros a responsabilidade de ocupar grande função e que pela lógica deve ser o primeiro a encabeçar e encarnar o papel do vereador que é de representar, fiscalizar e legislar. Querendo alguém ou não Lauro pode ser candidato a prefeito seja com apoio do atual gestor ou de forma independente (que considero quase impossível), mas isto traria e seria fruto de muitas implicações. Sua posição hoje de presidente também o coloca em teste sua capacidade de diálogo, articulação e respeito, principalmente à base de oposição. Pois ainda que alguns ignorem, mas a verdade é que de mansinho e silenciosamente, seu papel na Câmara Municipal revelará ou já está revelando sua humildade ou arrogância, sua independência ou dependência, sua força ou sua fraqueza, seu real compromisso ou não com os interesses do povo. Eu o vejo com grande potencial e já fiz vários comentários nesse sentido, mas se ele realmente tem o potencial todo que eu acredito, somente o tempo dirá.

O grau de virtude ou de defeitos em relação aos nomes aqui apresentados pode variar de acordo com o agente que observa, mas independente disso, que possamos ser críticos o suficiente para analisar sem paixões e buscar o que melhor poderá nos representar.

O município tem suas demandas, particularidades e especificidades nas áreas de educação, saúde, segurança, infraestrutura, assistência social entre outras, e precisará eleger ou reeleger um prefeito que reúna capacidade em todos os sentidos para promover as mudanças que Tailândia precisa, um prefeito que abandone a velha política, o autoritarismo, a falta de respeito para com as instituições e indivíduos, e que faça de fato valer os direitos e garantias da população.

MAS, cuidado Tailândia, pois na tentativa de eleger o que precisa, correrá o risco de escolher o que não PRECISA.

Taciano Cassimiro,

Tailândia News Brasil

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