A relatora da ONU (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS) Agnes Callamard, ex-especialista em assassinatos sumários e atual chefe da Anistia Internacional, relatou que uma autoridade saudita teria lhe “alertado” caso não fosse “contida” após sua investigação.
A ameaça teria vindo de Awwad Alawwad em janeiro de 2020, “Os detalhes sobre a ameaça dirigida a Agnes Callamard são precisos”, disse o porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, à Reuters.
Conforme registra o site A REFERÊNCIA o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Arábia Saudita, Awwad Alawwad, negou ter ameaçado a relatora. Awwad tuitou “Rejeito essa sugestão nos termos mais fortes”.
O jornalista Jamal Khashoggi fugiu da Arábia Saudita em 2017, critico do príncipe herdeiro Mohammad bin Salman e do rei Salman da Arábia Saudita.
Exilado nos Estados Unidos tornou-se colunista do Washington Post, em 2 de outubro de 2018 Khashoggi se dirigiu ao consulado da Arábia Saudita, e como aponta as investigações o jornalista foi assassinado e esquartejado. O governo árabe negou a morte de Khashoggi, porém em 20 de outubro admitiu a morte, porém como consequência de uma briga.
O relatório de Callamard para o Conselho de Direitos Humanos da ONU chegou a uma conclusão decisiva:
“De acordo com o direito internacional, não há indicação de que esse crime possa ser qualificado de outra maneira a não ser como um assassinato de Estado“, afirma.
A CIA (Central of Intelligence Agency) concluiu que o príncipe da Arábia Saudita Mohammed bin Salman ordenou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2 de outubro, no consulado saudita em Istambul.
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