A Rússia tem sido alvo de alarmes originados, principalmente dos Estados Unidos, apontando para hostilidades russas contra países europeus. A Alemanha e a Suécia também adotaram o mecanismo.
Finlândia, Estônia, Suécia, esta última prestes a entrar na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), estão literalmente de orelhas em pé.
Sobre uma possível invasão russa, o Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou para jornalistas em entrevista na cidade de Nova York, na terça-feira (23).
“Ouvimos esta retórica o tempo todo. Eu acho que isso está errado”, declarou. “Ainda há pessoas inteligentes lá, que conhecem a história e possuem instinto de autopreservação.”
Sobre a criação de pânicos, Lavrov, afirmou:
“Ouvi dizer que o presidente dos EUA, Joe Biden, também disse algo do gênero e avisou que a Rússia iria imediatamente ‘atacar’ os Estados Bálticos, a Finlândia e outros países da Otan se a Ucrânia fosse derrotada. Alguns líderes de nível inferior, e não apenas nos Estados Unidos, também fizeram declarações semelhantes.”
Choque entre duas grandes potências nucleares
Quanto à possibilidade de um conflito entre as duas potências nucleares, o chefe da diplomacia russa foi cauteloso. “Ninguém quer uma ‘grande guerra’, incluindo a Rússia. Tivemos muitas grandes guerras em nossa história”, disse, mais uma vez atribuindo à aliança militar transatlântica a responsabilidade por elevar a tensão.
Estados Unidos é culpado pelo distanciamento
Lavrov analisou o distanciamento crescente entre EUA e Rússia e colocou a culpa nos norte-americanos. “São os Estados Unidos que fazem isto. As doutrinas dos EUA e da Otan dizem que a Rússia é a ameaça mais significativa e direta. E a China é seu principal desafio na próxima fase. Eles estão elaborando cuidadosamente essas narrativas”, afirmou. “Parece que muitos estão alarmados devido à crescente escalada e à retórica militar.”
O Ministro das Relações Exteriores destacou a ampliação da Otan, ainda em curso, como uma ameaça à Rússia, cada vez mais cercada por aliados ocidentais. “Além disso, estão atraindo Estados neutros. A Finlândia já aderiu à Otan. Não está claro como isso pode beneficiá-la. O processo também ganhou impulso com a Suécia.”
Com informações do site A Referência