Já falei diversas vezes que em Tailândia, no nordeste do Pará, temos políticos com qualidades (ACREDITO QUE EU ACREDITO MAIS DO QUE ELES NISSO), excelente nível cultural, com visão muito aguçada da política local, conhecedores dos problemas existenciais do município, porém, feito Copa do Mundo só aparecem a cada quatro anos.
Vamos lá,
Para prefeito a cada quatro ano aparece um punhado condenando tudo que o prefeito atual fez e o que os antecessores o fizeram. Assim aparecem prometendo o mundo e depois o fundo. Em não se elegendo simplesmente somem. Mas quatro anos depois ressurgem das cinzas feito a Fênix (que me perdoe a Fênix pela comparação) peritos em problemas e soluções da Amada Pátria Tailandense.
Para vereador a coisa é dupla. Se liga, primeiro, o candidato a vereador aparece usando as mesmas fórmulas que ele acredita ser mágica, condena os vereadores, chama os atuais de fraco, de despreparados e pede uma oportunidade para fazer diferente. Segundo, quando o dito cujo ou o cujo dito se elege, ele faz o que disse que os outros faziam e as vezes em maior grau SOMEM – — E TRATA O POVO COMO MISERÁVEIS DANDO ELES SOMENTE PÃO E ÁGUA.
Em Tailândia temos representantes que nas eleições possuíam o atributo da onipresença, mas agora sumiram. Alguns foram dominados pelo estrelato, dignos até de uma estrela na Hollywood Walk of Fame (Calçada da Fama de Hollywood), os tais não são mais vistos, ninguém sabe onde eles vivem e o que fazem, se tornaram até incomunicáveis. Sem contar aqueles que tomados pelo sentimento de poder se sentem O MÁXIMO (não o do filme O Gladiador) saem as pressas do Plenário da Câmara Municipal e somem (Será que existe uma Vercaverna, tipo Batcaverna), quem quiser que corra atrás da criatura.
Concluindo,
Tailândia tem bons políticos, mas é gritante a negligência quanto ao debate público das demandas do presente. Observe que nenhuma autoridade política (com ou sem mandato) se posicionou sobre a pauta da educação, até vereadores da educação preferiu o silêncio. Outro ponto é a geração de emprego e renda, qual é a política pública nesse sentido? Não confundir com a iniciativa privada que independente da maré está sempre investindo. Por qual razão não debatemos os potenciais da região e possíveis ações e projetos que viabilizariam o surgimento de novos postos de trabalho?
A maioria dos políticos ao ser indagados a resposta é “dei remédio, compro remédio, dou cestas básicas, dou passagens e etc” assistencialismo e clientelismo na veia. E o debate da infraestrutura, da agricultura familiar, da iluminação pública? Assistência social faz parte da ação política, mas cada ente político tem sua natureza de ação, e esta é que deve ser a regra, jamais a exceção.
E mais, é triste se deparar com um político que tem medo de ter posição por achar que será interpretado como OPOSIÇÃO. Então porque se elegeu? Entenda, um prefeito, um município tem muito a ganhar com político que tem posição, que não bajula, que dialoga com a sociedade e com o gestor, que aponta falhas e é capaz de apontar soluções.
OPOSIÇÃO? BRIGAR? Não. Não pense pequeno. Seja um instrumento de construção, ainda que seja preciso as vezes contrariar interesses.
O resultado de tudo isso é que vem as eleições no Pará e não temos UM NOME para indicar com reais chances de vitória seja para deputado federal, estadual. Para o Senado é que não temos mesmo.
A sociedade tailandense precisa ouvir a voz de SEUS REPRESENTANTES.