Os vereadores eleitos do pleito de 2016 para vereadores foram diplomados no dia 19 de dezembro (ontem) na Câmara Municipal de Tailândia. O plenário da Câmara lotado, e de fato o que se sentia era um clima muito agradável para muitos, enquanto que para outros nem tanto.
Com a diplomação pelo menos um capítulo político já está resolvido. Aguardasse agora decisão do TSE sobre o caso, Paulo Jasper, para que uma das duas possibilidades seja materializada: Macarrão assumindo a prefeitura, embora sua situação não é das mais fácil ou Eleição Suplementar, mais conhecida como Novas Eleições como expressa o código eleitoral.
Até lá, enquanto a situação acima citada não se resolver o presidente da Câmara, lembrando, que este será eleito na primeira sessão a se realizar no dia 1 de janeiro assumirá quase que subitamente o poder municipal. Embora eleito para vereador, as circunstâncias o colocará como gestor do município. Por quanto tempo? Não sabemos. Mais uma coisa é certa, quem sentar na cadeira pegará gosto por ela, e caso consiga realizar bom trabalho mesmo com as limitações que terá e se articular bem nos bastidores da política, será sem dúvida candidato em potencial.
A Câmara para 2017 está bem pluralizada quanto as siglas políticas e a ideologia que cada uma carrega: temos 2 do PMDB, Raimunda e Desto, 1 do PSB, Dário, 1 do DEM, Higia Frota, mais votada, 1 do PROS, Marcio, 1 do PMN, Queimado, atual presidente, 1 do PTC, Lauro, 1 do PR, Gordo do Palmares, 1 do PSC, Sodré, 1 do PRP, Jaqueline Neto, 1 do PSL, Professor Rosenildo, 1 do PDT, Creu da Van e 1 do PPS, Alceu.
Este quadro nos leva a considerar alguns fatores. O primeiro diz respeito ao alinhamento que precisará ser feito para eleição do presidente, pois, por mais que se diga que “eu não sou fiel ao partido”, “eu quero saber é da vontade do povo” e etc. Todos carregam o ranço de seus partidos e cedo ou tarde interesses partidários afloram. Nem sempre o que o vereador deseja o partido apoia, logo será preciso bom diálogo com o partido, e não se pode esquecer que o mandato é do partido. Em segundo lugar existe interesses vários como exemplo de ex-prefeitos, principalmente os últimos, que se usarem da inteligência entenderão a necessidade de fazer o presidente da Câmara, pois é muito mais fácil resolver problemas com quem te apoia ou recebeu teu apoio do que com quem te “odeia”. Destaco também o interesse natural de qualquer um dentre os 13 eleitos almejarem a presidência. Porém é preciso ter cuidado com o que se deseja. Esse cuidado com o desejo tem haver com a responsabilidade que de imediato ele trará, com o poder que implicará, e consequentemente com a maturidade que ele exigirá.
Agora me proponho a enfatizar novamente o desejo natural dos novos vereadores desejarem a presidência, e não devem se envergonhar disso, ou achar que estão sonhando ou querendo demais. O desejo é legitimo desde que a motivação também o seja. Mas, não se pode ignorar o “velho”. Não tenho medo do novo por ser novo, mas por causa do novo não se pode ignorar o “velho”. Com isso quero reconhecer a excelência do novo, e ao mesmo tempo destacar a importância da experiência do lidar com a coisa pública. O momento é delicado, logo, pesa sobre os ombros dos diletos vereadores escolherem não por afinidade política ou religiosa, barganha ou favores, mas elegerem alguém que demonstre ter maiores condições para o diálogo, articulação política, capacidade administrativa e equilíbrio para saber lidar com as demandas que virão.
Aos 13 vereadores, 13 é número do Zagalo, da sorte. Desejo e tenho certeza que toda a cidade de Tailândia almeja também, que em suas funções honrem o que lhes foi conferido pelo voto, que sejam serenos, sábios, que saibam se conter nos momentos de provação política, que saibam distinguir que confrontos de ideias é uma coisa e inimizade é outra coisa, que saibam comemorar as conquistas, mas que também saibam lidar com as derrotas, sem esquecer que elas nos tornam mais fortes. E, que jamais esqueçam do povo!
Para o povo de Tailândia e seus estimados vereadores,
Taciano Cassimiro
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