Uma realidade brutal que exige coragem, acolhimento e ação imediata
A violência contra a mulher no Brasil permanece como uma ferida aberta que atravessa lares, gerações e estruturas sociais. Até o início de agosto de 2025, foram registrados 12.393 boletins de ocorrência, número que revela um dado alarmante: ocorre uma agressão a cada 25 minutos no país. É um retrato que evidencia o tamanho da urgência que o tema exige.
Antes mesmo de pensar “Será que ele vai me matar se eu denunciar?”, antes de se perguntar “Será que as autoridades vão me ajudar?” e antes de imaginar “E se ninguém acreditar em mim?”, toda mulher vítima de violência já carregou um medo que paralisa: o medo de sobreviver. Esse medo é silencioso e chega antes da denúncia, antes da coragem e antes de qualquer decisão. É o medo de perder tudo: a vida, os filhos, a liberdade e a própria dignidade.
É justamente por esse medo que tantas mulheres permanecem em relacionamentos que as ferem, diminuem e apagam aos poucos. Mas há uma verdade que precisa ser dita: ninguém merece viver com medo dentro da própria casa, e nenhuma mulher deveria acreditar que denunciar é pior do que continuar ao lado do agressor.
Sim, a denúncia assusta. Sim, o processo é difícil. Sim, o risco existe e o Brasil ainda precisa avançar muito para oferecer proteção plena. No entanto, cada vez mais o país tem endurecido leis, ampliado serviços, acolhido histórias e salvando vidas. E é isso que realmente importa: vidas, inclusive, a sua.
A mensagem que precisa chegar a cada mulher é simples e verdadeira: não tenha medo de pedir ajuda, não tenha vergonha de denunciar e não tenha receio de escolher você. Você não está sozinha. O Brasil está aprendendo, avançando e lutando. Essa luta existe por causa de mulheres como você, que merecem viver, respirar, recomeçar e existir sem ameaça.
Denunciar não é apenas um ato de coragem. É um ato de vida.
