Yamandú Orsi vence eleições e esquerda retorna ao poder no Uruguai

0
Yamandú Orsi vence eleições e esquerda retorna ao poder no Uruguai
Yamandú Orsi, do partido Frente Ampla, venceu as eleições presidenciais de 2024 — Foto: REUTERS/Martin Varela Umpierrez

Yamandú Orsi, do partido Frente Ampla, venceu as eleições presidenciais de 2024 no domingo (25) no Uruguai, marcando o retorno da esquerda ao poder após quatro anos de governo de centro-direita.

Segundo o Tribunal Eleitoral do Uruguai, Orsi venceu com 49,8% dos votos, contra 45,9% de Delgado, com mais de 98% das seções eleitorais apuradas até as 23h no horário local.

Ele obteve 1.123.420 votos, contra 1.042.001 do adversário, informou o Tribunal Eleitoral / Foto: Santiago Mazzarovich/AFP

Ele derrotou Álvaro Delgado no segundo turno, em uma disputa acirrada. Orsi, ex-governador e professor de história, recebeu apoio do ex-presidente Pepe Mujica.

Ex-presidente Pepe Mujica / Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O presidente Luis Lacalle Pou telefonou para Orsi para parabenizá-lo pela vitória no segundo turno, ainda na noite de domingo, momentos antes de o candidato Alvaro Delgado ter assumido a derrota e a contagem oficial fosse finalizada.

Prometendo renovação com diálogo, ele destacou políticas externas para o meio ambiente, inclusão social e pequenos produtores. A Frente Ampla também obteve forte desempenho no Parlamento, consolidando sua base legislativa.

Frente Ampla vence no Uruguai / Foto: AP

Configuração Política e Econômica

O Uruguai elege um novo congresso e um novo presidente a cada cinco anos, sem eleições de meio de mandato.

  • A Frente Ampla, esquerda e centro, conquistou o controle do Senado, com 30 membros, e 48 das 99 cadeiras da Câmara dos Deputados nas eleições gerais de 27 de outubro.
  • Orsi liderará o quarto governo da Frente Ampla no Uruguai quando iniciar seu mandato de cinco anos em 1º de março de 2025.
  • Orsi herdará uma economia que, segundo o banco central, crescerá 3,5% até 2025, com uma taxa de desemprego que caiu para 7,3% em outubro, o nível mais baixo em três anos.
  • A política monetária rígida domou anos de inflação alta, com os preços ao consumidor se mantendo dentro da meta de 3% a 6% do banco central por 17 meses consecutivos.

Com informações da Blomberg