Marcos Samuel Costa da Conceição, de 29 anos, é natural da Ilha de Marajó no estado do Pará e desde o início de sua carreira recebeu o apoio do vereador e conterrâneo Wagner Pereira, forte incentivador da cultura local e defensor de uma sociedade mais inclusiva, livre de estereótipos e preconceitos.
Poeta e ficcionista de origem ribeirinha, gay e pessoa não branco, Marcos Costa é o único paraense na disputa pelo Prêmio Mix Literário, o maior do segmento LGBTQIAP+ que valoriza obras inscritas com o tema de vivências e questões específicas da comunidade.
Sobre o autor…
É servidor público da prefeitura local no cargo de assistente social. Seu pai não era alfabetizado e cresceu numa casa onde não existia a cultura do livro/leitura. Logo, foi na escola que descobriu o amor pelos livros, que levou para uma escrita criativa. Mas com muitas dificuldades geografias, socioeconômicas e culturais.
Morou durante alguns anos em Belém, mas depois de formado retorna ao interior. Sua escrita teve de encontro essas duas realidades tão extremas, a cidade pequena e a vivência na Grande Belém, com suas formas, violências e realidade perturbadora.
Sua escrita teve uma longa busca de identidade, forma e estética, mas não deixa de ser um leitor voraz e pesquisador dos seus processos criativos. Seja na poesia ou na ficção. E gosta da versatilidade da escrita, escreve poesia, romance, conto, crônica e se arrisca pela literatura infantil.
A temática homoafetiva aparece, não como o motivo maior do texto, mas a sua ambientação. E outro aspecto forte em sua escrita é o luto. Marcos perdeu seus pais num período de tempo muito curto e teve que lidar com todo esse peso. Se encontrar e se perder dentro da escrita. Mantém a Revista Literária e Digital Variações e organiza o Prêmio Variações de Literatura LGBTQIAP+.
Atualmente autor também organiza o Espaço Cultural Casa do Poeta, em Ponta de Pedras, onde tem encontros mensais para a realização de sarais literários. E, além disso, oficinas literárias e realização de atividades culturais. O espaço que se transforma, é a antiga casa da família, para onde o autor volta após a morte da mãe e não tendo como sobreviver em Belém, e nesse retorno, recomeço, encontrou no fazer literário mecanismos ativos para não sucumbir com a depressão.
Participou ao lado de Edyr Augusto do “Arte da palavra” em 2022 pelo Sesc, nas cidades de Belém e Castanhal, Pará. Palestrou na 26 feira PanAmazônica do Livro e das Multivozes na mesa: Produção Literária do Marajó.
Seu romance de estreia “Dentro de um peixe” é estudado no curso de Letras da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.
Livros publicados:
- Dentro de um peixe – Editora Folheando, 2019
- Caminhos para longitude – Editora Kazuá, 2019. (Finalista do Prêmio Amazônia de Literatura, 2016)
- No próximo verão – Editora Folheando, 2020 (Vencedor do Prêmio Literatura e Fechadura – 2020, e finalista do Prêmio Mix Literário 2021)
- Os abismos – Editora Folheando, 2021 (finalista do Prêmio Literatura e Fechadura, 2019)
- O cheiro dos homens – IOEPA, 2020 (Vencedor do Prêmio Dalcídio Jurandir)
- Sol forte na pele – Editora Folheando, 2022. (Vencedor do Prêmio Uirapuru, 2021)
- Os desertos – Editora Folheando, 2023.
Prêmios:
- Menção Honrosa no Prêmio Amazônia de Literatura em 2018Finalista do Prêmio
- Literatura e Fechadura em 2019 Vencedor do Prêmio Dalcídio Jurandir em 2020
- Vencedor do Prêmio Literatura e Fechadura em 2020Finalista do Prêmio Mix Literário 2021
- Vencedor do Prêmio Uirapuru de Literatura em 2021