O nome do golpista é Marechal Deodoro da Fonseca, meu conterrâneo, nascido em 1827, na Vila de Alagoas (hoje município de Marechal Deodoro em Alagoas), o proclamador da república que era amigo de Dom Pedro II, aproveitou o contexto de insatisfação dos barões do café e fazendeiros devido à Lei Áurea que libertara escravos em 1888 sem compensar os escravocratas para aplicar o golpe de estado. Havia também a campanha dos republicanos contra a monarquia, o descontentamento dos militares devido à morosidade das promoções, estagnação dos salários e baixos orçamentos para o Exército.
Quando a República foi proclamada em 15 de novembro de 1889, o que se seguiu foi a má administração, autoritarismo, dissolvidão das assembleias e câmaras municipais, do congresso, nepotismo, prisão de opositores políticos, decretar estado de sítio e censurar a imprensa.
Associar a Proclamação da República de Marechal com liberdade de imprensa é desconhecer a história e ignorar a figura autoritária e desprezível de Deodoro.
A vítima de seu golpe, o monarca Dom Pedro II, esse, sim, respeitava a imprensa e diante da acidez da mesma que defendia o moralismo republicano e criticava a monarquia, o nobre imperador dizia “Imprensa se combate com a imprensa” respeitando assim a natureza.
Portanto, 1889 foi um golpe de estado contra um sistema monárquico, ainda que moribundo, porém legitimo. Depois desse golpe mais seis foram realizados.