À primeira vista, o Reino Unido se tornou na quarta-feira (2) o primeiro país a aprovar a vacina BioNTech/Pfizer, e as autoridades médicas de todo o mundo não devem demorar a tomar decisões sobre os pedidos de autorização apresentados pelos laboratórios.
O enorme desafio logístico consistirá em manter a temperatura de bilhões de doses de vacina que viajarão pelo mundo. A da BioNTech/Pfizer precisa de -70°C para a conservação.
Joachim Kuhn comanda a empresa Va-Q-Tec, considerada de ponta em materiais super isolantes que ajudam a manter a cadeia de frio. Ele compara seus produtos com o desempenho de “grandes garrafas térmicas”.
Para países quentes
Diante do desafio do transporte de vacinas para a África, América Latina ou parte do sudeste asiático, com temperaturas elevadas e infraestruturas deficientes, a Va-Q-Tec criou uma solução: um contêiner mais leve, revestido com papelão reciclável e entregue em peças que serão montadas no local.
Mais uma inovação para a empresa, fundada em 2001 por Kuhn, estudantes da Universidade de Wurzburg e o Centro Bávaro de Pesquisa Energética Aplicada (ZAE), que tinha como base pesquisas sobre materiais isolantes de baixo volume.
A empresa tem 500 funcionários e um faturamento de 65 milhões de euros (79 milhões de dólares) em 2019.
Seja como for, o grupo está cotado na Bolsa de Frankfurt desde 2016. Sua capitalização subiu nas últimas semanas a 500 milhões de euros, ainda muito longe dos bilhões de outras empresas alemãs de biotecnologia como os laboratórios BioNTech ou Curevac, que optaram por cotações na Nasdaq americana.
Ainda assim, o mercado de contêineres térmicos, também cobiçado pela americana Csafe e a sueca Envirotainer, cresce 10% a cada ano. A Va-Q-Tec acredita que pode avançar ainda mais, pois cresce entre 20% e 30% há mais de uma década.