Dias após o anúncio do cessar-fogo entre o Hamas e Israel, a crise humanitária em Gaza permanece crítica. O fluxo de ajuda ao território continua severamente limitado, impossibilitando que milhares de pessoas, especialmente crianças doentes, recebam o socorro de que necessitam com urgência.
Segundo informações, até esta quinta-feira, menos de 300 caminhões conseguiram entrar em Gaza — número muito inferior aos 600 veículos diários considerados essenciais para atender às necessidades básicas da população. Além disso, grande parte dos caminhões autorizados carrega produtos comerciais, e não ajuda humanitária, agravando ainda mais a escassez de alimentos e medicamentos.
Entre as vítimas desse bloqueio está Randa, mãe da pequena Ruqayya, que enfrenta grave desnutrição. A falta de alimentos deixou Randa sem condições de amamentar, e a criança luta agora pela vida. “O hospital ainda não forneceu a ajuda necessária para a recuperação da minha filha — coisas simples como biscoitos, leite e suplementos nutricionais”, lamentou.
Mesmo com o cessar-fogo, a situação em Gaza segue alarmante, com hospitais sobrecarregados, famílias famintas e um futuro incerto para milhares de crianças que dependem de uma ajuda que, por enquanto, não chega.