O governo Lula sofreu uma expressiva derrota no Congresso na quarta-feira (25), com a derrubada do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O projeto foi aprovado por 383 votos a 98 na Câmara e de forma simbólica no Senado, revelando o desgaste da relação do Planalto com sua base aliada.
A votação pegou o governo de surpresa. Deputados governistas esperavam que Hugo Motta (Republicanos-PB) adiasse a pauta, mas a análise foi acelerada e com relatóriado bolsonarista Coronel Chrisóstomo (PL-RO), o que foi visto como provocação ao Planalto.
Parlamentares apontam insatisfação crescente com o governo, motivada por críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atrasos no pagamento de emendas e a percepção de que o Executivo tenta jogar a responsabilidade de medidas impopulares sobre o Congresso.
Com a queda do aumento do imposto, o governo prevê um contingenciamento de R$ 12 bilhões, incluindo cortes em saúde, educação e emendas parlamentares.
Mesmo com o cenário adverso, Lula manteve seu tom crítico ao Congresso em evento recente, reforçando o discurso do “nós contra eles”, o que, para aliados, pode agravar ainda mais o impasse político.
Com informações do CNN Brasil