O pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem (19/09), na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU, nos Estados Unidos, foi o ponto convergente dos discursos de diversos deputados durante o pequeno e grande expedientes na Sessão desta quarta, dia 20, na Assembleia Legislativa do Estado do Pará.
A Assembleia Geral da ONU ocorre anualmente e, por tradição, o chefe de Estado do Brasil é o primeiro a discursar na assembleia, que reúne representantes de mais de 190 países. Este ano foi a sétima vez que o presidente Lula discursou, abrindo o evento principal da ONU.
A deputada Maria do Carmo, vice-líder do governo, ressaltou que a postura do presidente foi a de um estadista, sendo inclusive aplaudido por sete vezes durante o pronunciamento, abrindo mão de discutir problemas internos, com a exceção das enchentes ocorridos no Rio Grande do Sul devido a problemas ambientais.
“O presidente Lula se pautou a falar do Brasil, se posicionando no mundo, de como o país pode contribuir para o planeta ser melhor”, disse. Falou da reconstrução em que passa o Brasil e que retorna para assumir o protagonismo internacional. Ela informou que o presidente fez um chamamento global, principalmente aos países ricos em contribuírem na redução das desigualdades sociais.
“Quando Lula pediu indignação com a fome, a miséria, a pobreza, as guerras, ao desrespeito ao ser humano e chamou a responsabilidade dos países devem se preocupar com os cerca de 750 milhões de pessoas no mundo que, ontem, não saberiam o que iriam comer, iriam dormir com fome e ter direito a ter três refeições por dia”, mostrando sua sensibilidade contra a pobreza no mundo.
No pronunciamento, retomou ainda outros assuntos por ele anteriormente levantados em edições anteriores e que continuam necessários ao debate a desigualdade regional, a governança global, reforma do Conselho de Segurança da ONU e mudanças climáticas.
O presidente destacou ainda a questão da igualdade salarial entre homens e mulheres, inclusive lei já em vigor no seu país, assunto que será discutido no encontro bilateral entre Lula e John Biden, presidente americano. Apresentou os índices de redução em 48% de desmatamento na Amazônia, sendo devido, a queda do fruto de ações de fiscalização, de detecção de crimes e políticas ambientais, colocando o Pará na vanguarda deste processo.E por último, falou dos aventureiros a direita que flertaram contra a democracia e da importância da liberdade de imprensa para o exercício da democracia, divulgando informações reais do que acontece.
O líder do governo, deputado Iran Lima, em entrevista, informou que o governador Helder Barbalho que se encontra em Nova York. O discurso do presidente na ONU replica argumento utilizado pelo governador do Pará, Helder Barbalho “Que vem trabalhando seriamente políticas e ações de preservação da Amazônia”. Que, pra ele, devem passar pela manutenção da floresta em pé, com a remuneração de quem a protege e a preserve”. E informou que o governador ,de lá, anunciou a realização em Belém do pré-olímpico de basquete feminino em 2024, evento onde serão disputadas vagas para as Olimpíadas de Paris, ano que vem.
Destacando ainda o pronunciamento do Lula na ONU, falaram os deputados Carlos Bordalo, Lívia Duarte e Eliel Faustino, que evidenciaram a retomada do protagonismo do Brasil no mundo. Por outra lado, o deputado Toni Cunha manifestou que não viu destaque a ser referido no encontro da ONU e, junto com o deputado Martinho Carmona, criticou a política exterior do Brasil em suas relações políticas com Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, China.