O presidente do Peru, Martín Vizcarra, dissolveu o parlamento, e o parlamento deu o troco removendo o Chefe de Estado, e declarou a vice-presidente do Peru, Mercedes Aráoz, como a nova presidente, e ela anunciou na noite de terça-feira (01/10) sua renúncia ao cargo.
Nesse jogo de forças ninguém reconhece a decisão de ninguém. Mas Vizcarra tem o apoio das Forças Armadas e do povo que abraçou a luta ao lado de Vizcarra contra a corrupção e a favor da moralização da vida pública. E na direita política tem seus principais opositores políticos.
Quanto a decisão de Vizcarra, ela é perigosa, pois pode abrir um precedente que lá na frente alguém literalmente pode dar um golpe.
A origem da crise institucional peruana tem relação com escândalos de corrupção trazidos à tona pela Operação Lava Jato, que atingiu quatro ex-presidentes: Alejandro Toledo (2001 a 2006) ,Pedro Pablo Kuczynski (2016 a 2018), Alan García (2006 a 2011), Ollanta Humala (2011 a 2016).
Taciano Cassimiro
