Novo governador eleito afirmou que abrirá conversas com o Governo Federal e a Agência de Energia para melhorar situação. Distribuição de água também deve ser discutida.
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), tomou posse do cargo na terça-feira (1°) oficialmente em Belém e, depois, simbolicamente nos municípios de Marabá e Santarém, no sudeste e oeste do estado, respectivamente. Após a solenidade em Santarém, o novo gestor estadual concedeu entrevista coletiva à imprensa, e foi questionado em relação ao fornecimento de energia elétrica em solo paraense.
Barbalho criticou, em seu discurso, os altos valores cobrados pela Concessionária de Energia e a qualidade do fornecimento. Ele lembrou que o estado é fornecedor e exportador de energia, com as Usinas Hidrelétricas de Tucuruí e Curuá-Una, em Santarém, e ressaltou que melhorias serão pedidas ao Governo Federal e aos órgãos responsáveis.
O gestor estadual destacou que a concessão de energia é uma demanda federal, mas afirmou que o estado “não será omisso” e não aceitará continuar nesta “situação absolutamente inadequada e inconveniente para o cidadão e para o estado”.
“Estaremos dialogando com o governo federal, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a concessionária para que se estabeleça um novo padrão de relacionamento. Não é possível continuar com a cobrança exorbitante e a péssima qualidade. A sociedade não aceita mais isso. Essa é uma pauta fundamental de relacionamento com o governo federal, não exclusiva do governo do estado. O Pará não será omisso, não aceitará continuar com essa situação absolutamente inadequada e inconveniente para o cidadão e para o estado”, explicou Helder Barbalho.
O abastecimento de energia elétrica tem sido alvo de reclamações em todo o Pará. Em Santarém, no fim de novembro, uma audiência pública foi realizada na Câmara Municipal, com membros de movimentos #ForaCelpa e #BastaCelpa, consumidores, sociedade, representantes das Centrais Elétricas do Pará (Celpa) e os vereadores, sobre os aumentos sucessivos nas contas de energia.
Fonte: O liberal