Trump ordena abertura de investigação que cita região de comércio popular em São Paulo por venda de produtos falsificados e outras práticas que afetariam empresas americanas.
O Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) anunciou, a mando do ex-presidenteDonald Trump, a abertura de uma investigação comercial contra o Brasil. Entre os pontos destacados está a Rua 25 de Março, em São Paulo, apontada como um dos maiores centros de venda de produtos falsificados do mundo. A medida acompanha a imposição de tarifas sobre exportações brasileiras e acusa o país de não proteger adequadamente os direitos de propriedade intelectual.
O documento do USTR critica a falta de sanções eficazes contra a pirataria na região e aponta que o problema persiste há décadas, mesmo com operações policiais. Além da 25 de Março, outras áreas como Santa Ifigênia, Brás e diversas galerias e shoppings também foram citadas por abrigarem comércio ilegal.
“O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a favorecer seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, diz o USTR.
A Associação Representativa da Região da 25 de Março (Univinco25) rebateu as acusações, alegando que a maioria dos mais de 3 mil lojistas atua legalmente, com produtos importados principalmente da China, e que práticas irregulares são pontuais e combatidas por órgãos públicos.
A investigação também cobrirá outros pontos do comércio brasileiro, como o tratamento a empresas de tecnologia americanas, tarifas preferenciais a parceiros estratégicos, falhas em políticas anticorrupção, restrições ao etanol dos EUA e desmatamento ilegal, todos apontados como práticas que afetariam a competitividade de empresas e trabalhadores norte-americanos.
Destaques:
-
Investigação ordenada por Trump envolve pirataria e práticas comerciais no Brasil.
-
Rua 25 de Março é citada como foco de venda de produtos falsificados.
-
Associação local defende legalidade da maioria dos comerciantes.
-
Outros alvos da investigação: comércio digital, etanol, tarifas e meio ambiente.