A Europa está a sufocar num pico do verão precoce. O calor extremo está a afectar vários países e colocou autoridades e cientistas em alerta.
A Europa está enfrentando uma intensa e precoce onda de calor que já está causando consequências graves em diversos países do continente. A Organização Mundial Meteorológica (OMM) voltou a emitir alertas sobre os perigos do calor extremo, chamando-o de “assassino silencioso” — uma referência aos riscos muitas vezes subestimados que as temperaturas elevadas representam para a saúde humana.
O fenômeno climático atual tem provocado temperaturas muito acima do normal para esta época do ano. A França, por exemplo, registra entre 10°C e 14°C acima da média, sendo um dos países mais afetados. Portugal também está entre os que sentem os efeitos severos dessa anomalia climática. A situação já resultou em pelo menos duas mortes confirmadas, além de perturbações significativas no cotidiano de milhões de europeus.
Entre as medidas emergenciais tomadas estão a suspensão de aulas em algumas localidades e o fechamento temporário de pontos turísticos icônicos, como a Torre Eiffel, em Paris, devido ao risco elevado de exposição ao calor extremo. As autoridades locais e internacionais têm enfatizado a necessidade de precauções, sobretudo para os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas.
Esse evento meteorológico reforça os alertas sobre o impacto das mudanças climáticas no aumento da frequência e da intensidade das ondas de calor ao redor do mundo. A OMM destaca que os verões europeus estão se tornando cada vez mais imprevisíveis e perigosos, exigindo uma adaptação rápida das infraestruturas urbanas, dos sistemas de saúde pública e da conscientização da população quanto aos riscos associados ao calor extremo.
O cenário atual serve como mais um sinal de urgência sobre a necessidade de ação coordenada para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, proteger a população e repensar políticas ambientais, especialmente nas regiões mais expostas a fenômenos climáticos extremos.
FONTE: PUBLICO.PT