A independência das Filipinas foi declarada em 12 de junho de 1898, liderada por Emílio Aguinaldo, após libertação da Espanha. Nos Estados Unidos, William McKinley governava com uma mentalidade considerada imperialista. A Liga Anti-Imperialista, que será defendida nas eleições de 1900 por William Jennings Bryan, era contra a anexação das Filipinas e de Porto Rico pelos americanos.
William McKinley em tom messiânico disse “Não restava mais nada a fazer a não ser submeter e educar os filipinos, elevá-los e civilizá-los, e, pela graça de Deus, envidar nossos melhores esforços por eles, por quem Cristo também morreu”.
Os Estados Unidos não reconheceram a libertação filipina e patrocinaram uma série de atrocidades. Confrontos nas ruas, soldados americanos mortos. Imprensa americana pede vingança e o governo americano responde com mortes, sequência de torturas, como disse um jornalista, “nossos soldados forçam os inimigos e engolir água salgada para obrigá-los a falar”, chamado afogamento simulado. Um soldado americano escreveu para casa “Todos nós queremos matar os ‘pretos’. […] Caçar seres humanos é muito melhor que caçar coelhos”.
No final, os americanos na chamada Guerra Filipino-Americana (1899-1902) deixaram mais de 200 mil mortos (a maioria civis), e implantaram um governo colonial até 1946, quando a independência foi reconhecida em 4 de julho.
O episódio nas Filipinas colaborou para o fortalecimento e propagação das ideias imperialistas e racistas, de superioridades dos anglo-saxões. Em terras americanas os negros sentiram isso na pele.
Resumo:
▶ EUA substituíram a Espanha como potência colonial.
▶ Guerra brutal com milhares de mortes filipinas.
▶ Independência só em 1946, mas com forte influência americana.