Um homem foi preso por manter mais de 100 mulheres como escravas sexuais. O crime foi praticado em 12 estados do país e no Distrito Federal.
O suspeito foi identificado como Roney Shelb, de 30 anos. Ele foi preso em Juatuba, Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Com Shelb, foram apreendidos diversos materiais: computador, notebook, tablet, celulares, chips telefônicos, pen drives e CDs, além de vários objetos e produtos eróticos e pornográficos. Entre os vídeos, havia a prática de zoofilia (sexo com animais).
De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), por meio de diferentes redes sociais, o suspeito atraía mulheres para serem “Sugar Baby” ou “Suggar Babbies”, expressão utilizada para designar relacionamentos por interesse financeiro.
Segundo investigações, Shelb chegava a oferecer pagamentos que variavam entre R$ 4 mil e R$ 10 mil para ter acesso a fotos íntimas, as “nudes” – estão sendo analisados pelo menos 1.600 contatos telefônicos feitos por ele.
O delegado responsável pelo caso, Magno Machado Nogueira, do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes (DEF), disse que o suspeito conseguia imagens íntimas das vítimas, para depois iniciar as extorsões.
De acordo com o delegado, Shelb “obrigava as vítimas a enviarem vídeos eróticos e a se encontrarem com ele, praticando uma série de estupros”.
Contrato sexual
Investigações apontaram que o criminoso exigia que as vítimas assinassem um contrato de escravidão. Além de assinar o documento, as mulheres tinham que gravar um vídeo confirmando que estariam de acordo com as cláusulas.
Maia de 100 vítimas, todas do sexo feminino, sendo mulheres e adolescentes, já foram identificadas.
Uma delas contou à polícia que o homem a mandou sair na rua para ter relação sexual com o primeiro homem que encontrasse e que teria que filmar e, enviar o vídeo para ele.
Roney Shelb, segundo investigações, mantinha um banco de dados com informações pessoais das vítimas, com fotos, vídeos e informações de familiares. Ele possuía a senha das redes sociais das mulheres, conseguindo total controle psicológico por meio de graves ameaças.
O delegado Nogueira ressaltou ainda, que “além dos diversos estupros, o homem praticava vários atos de sadismo, visando puramente o sofrimento e o desespero de suas vítimas”.
Ainda segundo o delegado, “eram determinadas ações constrangedoras para as vítimas, como a realização de sexo com cães e homens aleatórios em ruas, e exigido que elas filmassem todos os atos para, depois, encaminhá-lo”.
Dentre as cláusulas do contrato, havia uma que autorizava o criminoso a agredir a vítima, em qualquer momento.
Em entrevista ao Fantástico, Shelb negou todas as acusações. “Quando se fala em estupro se imagina atos de violência ou alguma coisa do tipo. Eu nunca fiz nada disso, eu sou inocente”, afirmou.
Fonte: DOL