Deputada estadual eleita e coautora do impeachment de Dilma elogia indicação de Bolsonaro
Achei o máximo”, diz a advogada e deputada estadual eleita Janaina Paschoal (PSL-SP). “Tô tão feliz!”, completa e ri.
O motivo de sua felicidade atende por Sérgio Moro. Mais particularmente, o fato de o juiz responsável pela Lava Jato em Curitiba ter aceitado ser ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL).
Janaina ganhou projeção nacional em 2016, ao coassinar o pedido de impeachment da petista Dilma Rousseff.
Há pouco menos de um mês, entrou para a história como a parlamentar mais votada de todos os parlamentos brasileiros: dois milhões de votos para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) -superando até mesmo o recordista para a Câmara dos Deputados, o colega do PSL Eduardo Bolsonaro (1,8 milhão de votos), e quase sete vezes mais do que o máximo de eleitores amealhados pelo antigo detentor da marca na Alesp, o tucano Fernando Capez (306 mil em 2014).
Para ela, a indicação de Moro, que diz não conhecer pessoalmente, é um divisor de águas. “A gente tá precisando de mudança”, afirma à Folha de S.Paulo.
Vai contra a corrente de advogados que veem Moro sob suspeição, já que ele julgou processos contra o ex-presidente Lula e agora aceitou integrar a Esplanada do adversário do PT.
Para Janaina, é tolo dizer que Moro agiu com interesses políticos em mente quando condenou o petista a nove anos e meio de prisão, em julho de 2017 (a sentença foi aumentada depois pela segunda instância), ou levantou o sigilo sobre a delação de Antonio Palocci, ex-ministro de Lula, a dias do primeiro turno.
Afinal, ninguém levava fé no capitão reformado, ela argumenta. “Vamos falar a verdade, a maior parte dos analistas sequer acreditava na vitória do Bolsonaro.”
A futura deputada já havia dito, em suas redes sociais, que a nomeação de Moro é um acerto do presidente eleito.
“Bom dia, Amados! Com todo respeito à divergência, não faz nenhum sentido dizer que o fato de uma autoridade receber um convite torna essa autoridade suspeita. O juiz Sérgio Moro é uma pessoa que tem seu trabalho internacionalmente reconhecido. Nesse contexto, o convite é natural!”
O magistrado, continua, “virou referência de Justiça (no mundo). Parece natural que um presidente, que quer otimizar o processo de depuração do país, convide aquele que virou referência de Justiça para dirigir o Ministério da Justiça! Quem tem medo de Moro no MJ?”.
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Fonte: Notícias ao Minuto