O Comitê Norueguês do Nobel concedeu o Prêmio Nobel da Paz de 2025 à líder da oposição venezuelana María Corina Machado, de 58 anos, por sua luta pacífica pela democracia e pelos direitos humanos na Venezuela. O comitê destacou sua coragem cívica e seu papel unificador dentro de uma oposição historicamente dividida.
Machado está na clandestinidade desde agosto de 2024, após a repressão do regime de Nicolás Maduro às manifestações que se seguiram às eleições presidenciais contestadas de julho de 2024, nas quais o diplomata Edmundo González Urrutia, apoiado por ela, foi apontado como o verdadeiro vencedor.
Veterana da política e crítica feroz de Hugo Chávez e Maduro, Machado tornou-se o símbolo da resistência democrática no país, depois de vencer as primárias oposicionistas de 2023 com 92,5% dos votos. Apesar de desqualificada pelo regime para concorrer, ela articulou uma ampla coalizão em torno da candidatura de González.
O prêmio é visto como um impulso internacional à causa democrática venezuelana. Organizações como a Human Rights Watch afirmaram que a honraria deve renovar os esforços globais por uma transição pacífica no país, marcado por repressão, crise humanitária e violações de direitos humanos.