Durante um evento no Acre no sábado, 12, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro leu uma carta pública endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual pede que ele adote uma postura mais conciliadora e “baixe as armas da provocação”, em meio à crise gerada pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Michelle responsabilizou Lula pela deterioração da imagem do Brasil no exterior e acusou seu governo de alimentar divisões internas e se aliar a regimes autoritários. Ela classificou as sanções dos EUA como resultado de uma política externa equivocada, afirmando que medidas semelhantes só foram aplicadas a países reconhecidos como ditaduras.
Em tom crítico, comparou os líderes do governo a “uma cobra que se enrola devagar e sufoca a sua vítima” e afirmou que o Brasil estaria sendo visto como uma “ditadura disfarçada de democracia”, em trajetória semelhante à de Cuba e Venezuela.
Ao final do discurso, Michelle fez um apelo por trégua e unidade nacional: “É hora de baixar as armas da provocação, cessar os tambores de ofensas e hastear a bandeira do diálogo e da paz”. E concluiu com uma citação religiosa: “Todo poder vem de Deus, mas ai daquele que o usa para oprimir os inocentes.”