Diálogos obtidos após a quebra de registro telefônico durante operação da Polícia Federal expõem a cronologia das fraudes em cartões de vacinação feitas para a família do tenente-coronel Mauro Cid e para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Joga na minha conta. E vê aí em Goianésia se tem algum cara que não seja cadastrado no Conecte SUS. Vou ver depois no Exército se tem algum enfermeiro…”.
Mauro Cid tenta obter um cartão de vacinação com o sargento Luís Marcos dos Reis para sua mulher, Gabriela, em 22 de novembro de 2021 O procedimento não dá certo, então ele aciona o segundo-sargento do Exército Eduardo Crespo.
Chefe, 90% já confirmado, tá? Só deu um probleminha lá com o negócio do CPF, mas a pessoa teve que sair. E amanhã eu já resolvo, já dou pronto para o senhor, tá OK?”
Eduardo Crespo responde a Mauro Cid, em 23 de novembro de 2021, tentando conseguir a inserção dos dados falsos de vacinação para Gabriela. O esquema não funciona para ser feito com dados de vacinas enviadas para Goiás, então é transferido para Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde outro personagem entra em cena: ex-major Ailton Gonçalves Moraes Barros.
“Porque realmente o negócio é pica e ninguém pode ficar exposto, não é, particularmente, particularmente, quem você sabe, né? Não pode ficar. Mais tá caminhando bem.”
Ailton Gonçalves Moraes Barros, em 30 de novembro de 2021, detalha para Mauro Cid a dificuldade do pedido sobre as vacinas.
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