O colunista – A raposa e o lenhador

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Existiu um lenhador viúvo que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava tarde da noite. Ele tinha um filho lindo, de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com a sua chegada.
Os vizinhos do lenhador alertavam que a raposa era um bicho, um animal selvagem e, portanto, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeria a criança. O lenhador sempre retrucando com os vizinhos, falava que isso era uma grande bobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
Os vizinhos insistiam:
– Lenhador abra os olhos! A raposa vai comer seu filho.
– Quando sentir fome comerá seu filho!
Um dia o lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários ao chegar em casa viu a raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensanguentada.
O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa. Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente e ao lado do berço uma cobra morta. O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.
Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar, e principalmente não tome decisões precipitadas.
Quantas vezes julgamos mal as pessoas e as rasgamos em pedaços com palavras duras e ações antes de ter tido tempo para avaliar a situação? É o pecado da presunção. Presumindo as coisas da nossa maneira, sem se dar ao trabalho de descobrir, exatamente, qual a real situação. Pouco de paciência pode reduzir drasticamente principais erros ao longo da vida. Quem somos nós para julgar mal nossos semelhantes? Não sabemos que os outros pensam. Pensar e refletir, buscar a verdade antes de se precipitar causando o mal,
Agimos muitas vezes dessa maneira. Muitos motivos nos levam a agir assim, mas nem todas as consequências dos atos precipitados são boas. Quando nos damos conta do erro, fica difícil se desculpar, e quanto mais o tempo passa, a sensação de que o erro está maior aumenta, e é com a velocidade que o erro aumenta que a coragem vai embora. Por isso a precipitação pode ser avaliada como boa ou ruim, pois muitos momentos ficam gravados na memória por terem sido de um jeito precipitado que conseguimos as coisas, mas por sermos precipitados, podemos perder as pessoas.
MANOEL AUGUSTO

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