O colunista – Porque meus olhos ardem

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Às vezes quando fecho os meus olhos
Não enxergo uma escuridão.
Enxergo atrás de mim um belo e limpo estradão.
Nele, vejo o início da minha vida caminhando pelas estradas acidentadas.
Sem perigo algum, porque alguém me amparava.
Os meus pais na infância me mostravam o rumo certo.
Depois vejo a adolescência chegando trazendo sonhos incertos.
As primeiras paixões, as ilusões, e, sobretudo as decepções.
Todas elas superadas com vigor e determinação.
Depois vejo o primeiro trabalho, a namorada jurando fidelidade e amor.
Veio o casamento, os primeiros filhos, as brigas, novas paixões, o desamor.
Saindo da batalha ambos feridos.
Com olhos cerrados para não enxergar a realidade sofrida.
A seguir vêm às lágrimas a encharcar os meus olhos.
Jamais pensei que o nosso amor chegasse ao fim. Tudo o que eu sonhei não consegui construir. Ninguém apagará a história desse amor. Ninguém irá entender o quanto você foi importante para mim.
Poeta é aquele que arranca lágrimas ou sorrisos dos outros, mas às vezes chora também.
Aprendi na vida a dominar os impulsos do meu coração. Decidi, não vou mais amar e nem viver outra paixão, para não sofrer o tanto que sofri, Chorei muito por você quando perdi.
Aí os olhos ardem.
MANOEL AUGUSTO

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