Agência suspendeu testes após morte de voluntário da CoronaVac, mas Instituto Butantan nega relação com o imunizante. Para aliados, Bolsonaro ‘passou recibo’ de irritação com notícias de que há busca por um candidato como Joe Biden para eleições brasileiras de 2022.
Na segunda-feira, a Anvisa suspendeu os testes com a CoronaVac no Brasil. Imunizante é desenvolvido pela Sinovac e pelo Instituto Butantan — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O governo de São Paulo admite, reservadamente, que pode recorrer à Justiça para garantir o uso da vacina contra a Covid-19, quando comprovada.
Segundo fontes ouvidas pelo blog, integrantes do Palácio dos Bandeirantes avaliam que, se a Anvisa não liberar imediatamente a continuidade da pesquisa da vacina e, posteriormente comprovada sua eficácia, liberar seu uso, não haverá outro caminho a não ser a Justiça.
O próprio Palácio do Planalto acredita nesse cenário, mas espera que Anvisa revise sua decisão.
Comunidade médica e políticos criticam declarações de Bolsonaro sobre vacina CoronaVac
Na manhã desta quarta-feira (11), entre aliados de Bolsonaro, o clima é de “ressaca” do constrangimento de terça-feira, com falas agressivas e ataques do presidente.
Como o blog mostrou na quarta, os próprios assessores presidenciais classificaram como um erro as manifestações de Bolsonaro sobre a vacina e sobre os EUA.
Na avaliação interna, Bolsonaro “passou recibo” de irritação com as últimas notícias de que há uma busca por um candidato como Joe Biden para 2022, na eleição presidencial brasileira.
Também temem que as reações do presidente tenham relação com as informações recentes sobre o processo envolvendo um de seus filhos, Flavio Bolsonaro, investigado pelo esquema das rachadinhas.