A história do feminismo é marcada por uma longa trajetória de lutas e conquistas que visam a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Iniciando formalmente no final do século XVIII, o feminismo surgiu em um contexto onde as mulheres eram amplamente excluídas da esfera pública e confinadas a papéis domésticos. Mary Wollstonecraft (1759-1797), uma das primeiras vozes do movimento, publicou “A Vindication of the Rights of Woman” em 1792, onde argumentava que as mulheres mereciam os mesmos direitos que os homens, incluindo o acesso à educação e a participação ativa na sociedade.
O feminismo do século XIX e início do século XX, conhecido como a Primeira Onda, focou principalmente no direito ao voto. As sufragistas lutaram vigorosamente para garantir que as mulheres tivessem uma voz política. Em 1893, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país a conceder o sufrágio feminino, um marco que inspirou movimentos semelhantes ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, o movimento culminou na ratificação da 19ª Emenda em 1920, garantindo o direito de voto às mulheres americanas. Na mesma época, feministas na Europa e em outras partes do mundo também estavam alcançando vitórias significativas.
A Segunda Onda do feminismo, que começou na década de 1960 e se estendeu até os anos 1980, expandiu o foco para além do sufrágio, abordando questões como igualdade no trabalho, direitos reprodutivos, e a luta contra a violência de gênero. O movimento ganhou força com a publicação de “The Feminine Mystique” (em português: A Mística Feminina) por Betty Friedan (1921-2006) em 1963, que articulou o descontentamento generalizado das mulheres com as limitações impostas pela sociedade patriarcal. A formação de organizações como a National Organization for Women (NOW) nos Estados Unidos ajudou a promover mudanças legislativas e sociais significativas durante esse período.
A Terceira Onda do feminismo, emergindo nos anos 1990 e continuando até o presente, tem sido caracterizada pela sua diversidade e pela inclusão de uma ampla gama de experiências femininas. Esta onda do movimento tem enfatizado a interseccionalidade, reconhecendo que as experiências de opressão variam de acordo com a raça, classe, sexualidade e outras identidades. Além disso, tem se concentrado na desconstrução dos estereótipos de gênero e na promoção da autoexpressão e liberdade pessoal. Atualmente, o feminismo continua a evoluir, adaptando-se aos desafios contemporâneos e buscando uma sociedade mais justa e igualitária.