Suprema Corte encerra 2025 anulando medidas na base da operação, atingindo provas e sentenças que fundamentaram os principais processos de Curitiba.
O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificou, ao longo de 2025, a revisão de atos processuais que marcaram o auge da Operação Lava Jato. Por meio de decisões monocráticas e de turmas, a Corte promoveu o que especialistas chamam de “desmonte sistemático”, invalidando provas obtidas via acordos de leniência e colaboração premiada. O foco foi corrigir nulidades jurídicas que, segundo os ministros, comprometeram o devido processo legal e a imparcialidade das investigações.
“Desmonte sistemático.”
As decisões atingiram a “raiz das investigações”, resultando na anulação de multas bilionárias e no trancamento de ações penais contra grandes empreiteiras e políticos. Ministros argumentaram que houve uma “parcialidade evidente” na condução dos casos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, o que contaminou as provas colhidas. Com isso, sentenças históricas foram derrubadas, sob o entendimento de que os métodos da força-tarefa desrespeitaram limites constitucionais.
“Parcialidade evidente.”
O cenário jurídico atual aponta para o encerramento definitivo de um ciclo, enquanto o Ministério Público tenta, sem sucesso, manter a validade das condenações. Para defensores das anulações, a atuação do STF serviu para “restaurar a ordem jurídica”, enquanto críticos alertam para o risco de impunidade em casos de corrupção. O saldo de 2025 é uma Lava Jato esvaziada, com suas principais bases desconstituídas pela cúpula do Poder Judiciário brasileiro.
“Restaurar a ordem jurídica.”
Fonte: UOL Notícias – Política (28/12/2025).
