Wanderley Rofeson Loureiro acusado de matar Roni Teodoro do Nascimento, em março de 2012, depois que o rapaz estuprou sua filha de 12 anos, foi condenado a pena de 18 anos de prisão, em regime fechado. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica, conforme decisão de julgamento em Campo Grande.
Os jurados não acolheram a tese da defesa, de que o réu agiu por violenta emoção e de acordo com a sentença, pronunciada pelo juiz Carlos Alberto Garcete, Wanderley foi condenado pelo crime de homicídio qualificado pelo motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Como respondia o processo em liberdade, Wanderley deve aguardar o tramite judicial, até o cumprimento da pena, usando tornozeleira eletrônica, conforme determinado pelo juiz. A decisão cabe recurso.
Ouvido no julgamento desta quinta, Wanderley disse que no dia do crime tinha ido fazer feira com a esposa e quando voltou para sua residência encontrou a filha abrindo o portão para Roni. A menina estava com semblante de choro, sendo questionada pelos pais o que havia acontecido, momento em que ela falou que tinha sido estuprada pelo rapaz.
“Perguntei para ele se havia feito mesmo aquilo e quando me respondeu que sim, eu perdi a cabeça”, disse Wanderley aos jurados. Após a confirmação de Roni, o homem mandou que a esposa e a filha fossem para a casa de sua sogra, sendo que depois da saída das duas ele entrou em luta com o rapaz.
O réu ainda contou que amarrou Roni pelos pés e mãos e colocou uma toalha na sua boca para ele não gritar o colocando dentro da camionete S-10. Ele, então, saiu sem rumo e ao chegar a um lugar isolado tirou Roni do carro. Quando viu umas pedras no chão desferiu golpes contra a cabeça da vítima, que teve o rosto desfigurado. O corpo de Roni foi encontrado dias depois em avançado estado de decomposição na MS-080.
“Quero ver qual pai chega em casa, ouve a filha falar que foi estuprada, sai e vai em uma delegacia registrar um BO. Qualquer um que passar por isso faria o mesmo que eu fiz”, disse Wanderley depois de contar como assassinou Roni. O réu se disse arrependido do crime afirmando que depois disso a sua vida acabou.
Ele confessou o crime em 2014 após a polícia reunir provas indicando ele como autor do assassinato. A vítima do abuso, que hoje está com 20 anos, teria tentado se matar meses depois de ser estuprada tomando vários remédios. Após o estupro, o comportamento da menina mudou ficando mais quieta e chorosa, segundo a mãe.
Fonte: Midia Max