De acordo com o relatório, o PSL, que tem oito deputados, teve uma taxa de fidelidade ao governo de 67,73%, enquanto que o MDB de Temer, que tem 51 deputados, registrou 64,34%. O PSDB de Geraldo Alckmin, com 49 representantes na Câmara, apoiou a posição do governo em 63,05% das votações, ficando na terceira posição. Na sequência aparecem como mais fiéis PPS, PP e DEM.
O Podemos, do presidenciável Alvaro Dias, que tem 16 deputados, teve taxa de fidelidade de 56,2%. No PDT de Ciro Gomes, com 19 representantes da Câmara, o registro é de 23,02% de votos a favor do governo e 16,62% contrários, com o restante da bancada estando ausente ou obstruindo as votações. A Rede, de Marina Silva, que conta com somente dois parlamentares na Câmara, votou 18,14% das vezes com o governo, 19,02% de forma contrária, também com alto índice de ausências e obstrução.
Maior partido da oposição, o PT tem 61 deputados e apoiou o governo em somente 5,27% das votações. Os petistas votaram contra o governo 14,04%, estiveram ausentes 36,2% das vezes e obstruíram os trabalhos 44,47%. O partido liderou a oposição na tentativa de paralisação dos trabalhos desde que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi preso em abril.
O levantamento aponta que o presidente Temer registrou no primeiro semestre deste ano a sua menor taxa de fidelidade desde que assumiu o cargo, em maio de 2016. A adesão ao governo na Câmara ficou em 47,27%. A maior taxa foi registrada logo após a posse, quando conseguiu 57,19%.
O GLOBO