A bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou na terça-feira (6) o rompimento oficial com a base aliada do governo Lula, poucos dias após o pedido de demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência.
A saída de Lupi, que também é presidente licenciado do partido, e a nomeação de Wolney Queiroz geraram descontentamento entre os deputados pedetistas, culminando na decisão coletiva da bancada. A medida, porém, ainda não foi ratificada pela Executiva Nacional do PDT.
O líder do partido na Câmara, deputado Mario Heringer (MG), explicou que a decisão foi tomada de forma transparente e em comum acordo com os parlamentares, destacando que a bancada adotará uma postura de independência, e não de oposição ao governo. Ele reforçou que não há clima de retaliação e que a motivação central está relacionada à insatisfação interna e à condução do episódio envolvendo o INSS.
Heringer também comentou a saída de Lupi, atribuindo-a ao desgaste pessoal e à pressão sofrida durante as investigações sobre descontos indevidos em benefícios. Segundo o deputado, Lupi agiu com dignidade diante das acusações, apesar de ter sido duramente atacado. O parlamentar afirmou que o ex-ministro “se cansou da batalha” e foi injustamente exposto.